domingo, 22 de julho de 2012

Figueirense 0 x 2 São Paulo - Análise

por Lucas Ribeiro

Apesar de ter ficado devendo um bom futebol, o São Paulo, neste domingo, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, ganhou do Figueirense e se fixou no pelotão de cima do Campeonato Brasileiro, encerrando a rodada em sexto lugar. As duas equipes assim foram escaladas:



Logo no começo, mais precisamente aos 50 segundos, o tricolor saiu na frente com o jovem Ademílson, estrela da seleção sub-17 e que fazia sua estreia como titular. Depois, se aproveitando da fragilidade do adversário e obedecendo à risca as ordens de Ney Franco, que pediu para que os jogadores marcassem a saída de bola do alvinegro florianopolitano, a equipe paulistana impôs sua superioridade durante a primeira etapa. 

No segundo tempo, contudo, o são-paulino cardíaco, relembrando o empate com o Palmeiras, há duas semanas, certamente sofreu. O Figueira, que perdeu o técnico Argel e estava sendo dirigido pelo interino Abel Ribeiro, deu sufoco em pelo menos duas oportunidades; na de mais perigo, o zagueiro João Filipe, com o goleiro Dênis já batido no chão, salvou em cima da linha. A expulsão do zagueiro Fred, para o lado dos catarinenses, ainda fez o torcedor paulista temer ainda mais um revival do duelo contra os palmeirenses, que também igualaram o marcador com apenas dez atletas no gramado. 

Aos poucos, entretanto, apesar da vontade, os anfitriões foram murchando. Nem a entrada do atacante Aloísio, artilheiro da clube no campeonato estadual, no lugar do lateral Coutinho, fez com que a bola balançasse as redes adversárias. Ney Franco, por sua vez, depois de apostar nos promissores João Schimidt e Rafinha, viu seus comandados, já aos 48, fecharem o caixão: Willian José, que não balançava as redes desde maio, nas semifinais do Paulistão, contra o Santos, comemorou, e a torcida pôde observar o árbitro Anderson Daronco colocar um ponto final na partida. 

Com o provável retorno de Luís Fabiano, o São Paulo, de novo fora de casa, enfrenta na próxima quarta o atordoado Atlético Goianiense, goleado hoje por 4 a 1 pelo Internacional. Já o Figueira encara o próprio Colorado, novamente em seus domínios, Figueira este que, além de até lá possivelmente confirmar Adílson Batista como seu novo treinador, deseja viver dias melhores, estando, desde o encerramento da rodada, na incômoda 17ª posição, a primeira da zona de rebaixamento.

DESTAQUES

BOLA CHEIA

Ademílson (São Paulo): Demonstrou ter estrela. Logo na estreia como titular, um gol aos 50 segundos de jogo. 

Rafael Tolói (São Paulo): Fez uma belíssima partida. Se se mantiver sempre com a disposição de hoje, tem tudo para em breve se tornar ídolo.


BOLA MURCHA

equipe do Figueirense: Time bem limitado. Nas vezes que chegou foi na base da raça. Além da chegada de um treinador, que deve ser Adílson Batista, precisa urgentemente de reforços.

Jádson (São Paulo): Novamente uma lástima. Temporada aquém do que se esperava de um jogador que chegou por 5 milhões.

P.S.: Gostaria de destacar a estreia de Seedorf pelo Botafogo. Acompanhei apenas os últimos 45 minutos da derrota botafoguense para o Grêmio por 1 a 0, no Engenhão, mas, se o holandês não fez uma partida deslumbrante, foi um bom início. Como o próprio jogador disse após o jogo, tanto ele quanto o time têm ainda o que melhorar. 






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