domingo, 29 de julho de 2012

São Paulo 4 x 1 Flamengo - Análise

por Lucas Ribeiro

Depois da trágica noite de quarta, o São Paulo recebeu, no Morumbi, o Flamengo visando a encostar no pelotão de cima do campeonato. Como trunfo, o tricolor teria a volta do goleiro e ídolo Rogério Ceni, que, no difícil momento emocional do time, teria mais a contribuir psicológica do que tecnicamente. Os rubro-negros, por sua vez, eram comandados pela segunda vez por seu novo treinador, Dorival Júnior, contratado depois da saída de Joel Santana. Os times foram assim escalados por seus treinadores: 


Com Ceni em campo, de fato, a apatia foi embora. Depois de berrar com a defesa antes dos vinte minutos de jogo, o time ficou mais ligado em campo. O Flamengo, apesar de ter realizado algumas jogadas de ataque, não ameaçou o tricolor com perigo. O primeiro gol paulista, por sua vez, demorou mas saiu: aos 41, Maicon bateu com força de fora da área e surpreendeu o bom goleiro Paulo Victor. 

O rubro-negro, já abalado depois de três derrotas consecutivas, sentiu o baque. Aos 46, antes do final da etapa inicial, Luís Fabiano, também retornando à equipe após duas rodadas fora, se aproveitando de falha defensiva, fez 2 a 0. O futebol vivo que o São Paulo (como há muito não) jogava fez a torcida inflamar. No intervalo, Dorival substituiu o promissor mas apagado Adryan e apostou no também jovem Thomas.

Contudo, a troca não surtiu efeito. Isolado na frente, Vágner Love não representava perigo à retaguarda são-paulina. O tricolor, assim, se aproveitava da inércia flamenguista. Aos 14, novamente com Fabuloso, os anfitriões ampliavam a vantagem e praticamente acabavam com as esperanças dos cariocas. Nem o gol marcado pelo lateral Ramón, aos 21, foi capaz de acordar os visitantes. 

O jogo era tão dominado por uma só equipe que, aos 30, presenciou-se um fato inusitado: apesar de substituído por Cícero, Rodrigo Caio continuou em campo, e o São Paulo, por poucos instantes, ficou com 12 atletas no gramado. O árbitro Jaílson Macedo Freitas, assim que esteve ciente do fato, pediu para que o atleta se retirasse e o advertiu com cartão amarelo. Aos 47, Jádson ainda faria o quarto gol do São Paulo.

Depois de tarde inspirada, os paulistas, apesar de irem atuar fora de casa, têm grandes possibilidades de conseguir duas vitórias consecutivas, pois encaram o Sport Recife. O Mengão, por sua vez, demonstra que vai dar trabalho (e muito) a Dorival. A parada, na quarta-feira, será dura: o líder Atlético Mineiro, encabeçado por sua ex-estrela Ronaldinho Gaúcho. 


DESTAQUES


BOLA CHEIA

Rogério Ceni (São Paulo): Seu retorno foi psicologicamente essencial à equipe. Pouco trabalhou durante a partida, mas só por estar dentro de campo, liderando, foi extremamente útil para a concretização da vitória.

Luís Fabiano (São Paulo): Como centroavante, sobra no futebol brasileiro. Com os dois gols, além de útil para que o time conquistasse três pontos, ultrapassou o lendário Leônidas da Silva no ranking de artilheiros tricolores.


BOLA MURCHA

equipe do Flamengo: Se Dorival não exigir reforços, irá penar muito. O rubro-negro tem a necessidade de pelo menos um zagueiro, um volante e um atacante veloz, responsável por fazer boa dupla ofensiva com o goleador Vágner Love. Hoje, com exceção de Paulo Victor, o time demonstrou pouco poder de fogo.

Adryan (Flamengo): É um jovem com muito potencial (por isso não quero queimá-lo), mas teve uma atuação apagadíssima nesta tarde. Foi extremamente incapaz de fazer a bola chegar aos pés de Love.




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