quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Corinthians 2x0 Millonarios-COL - Análise

por Luiz Carlos Silva

Na noite desta quarta-feira, dia 27, o Corinthians entrou em campo para enfrentar o Millonarios-COL e o silêncio. Este jogo marcou o inicio da punição recebida pelo time paulista, que não poderá receber torcedores em seus jogos pelos próximos 60 dias na Libertadores. Abaixo a escalação dos dois times, ambos postados em um esquema 4-4-2:


O Corinthians se postou em campo em seu tradicional esquema com 2 zagueiros, 2 laterais, 4 meio-campistas e 2 atacantes. Algumas modificações pontuais mudaram um pouco a maneira como esse esquema funcionou. No lugar de Jorge Henrique, Tite escalou Renato Augusto e no lugar de Emerson, Pato ganhou a posição de titular. Sem Jorge Henrique, que tinha o papel de também apoiar bastante a defesa, os atacantes foram bem exigidos por Tite para ajudarem na marcação, já que Renato Augusto não está tão habituado a exercer essa função. É válido lembrar que Jorge Henrique não jogou por estar lesionado e Emerson ficou de fora por questões disciplinares. 

A equipe colombiana postada em um 4-4-2 mais voltado para a defesa, em nenhum momento ofereceu perigo ao time do Parque São jorge. A ideia era montar uma retranca contra a equipe paulista, mas para isso era necessário um pouco mais de técnica e habilidade. O Corinthians, que não tinha nada a ver com isso, abriu o placar logo aos 10 minutos do 1º tempo, gol de Paolo Guerreiro em um lance típico de centroavante. Veja o gol abaixo:

       

O placar poderia ter sido ampliado ainda no primeiro tempo, numa chance clara de Pato e em outro lance de Guerreiro. Na volta ao segundo tempo, logo aos 3 minutos, Pato ampliava para o Corinthians. Após uma jogada pela direita do ataque, Danilo insistiu na jogada que sobrou para Ralf que cruzou milimetricamente para Pato, atento na jogada, empurrar para as redes, era o 2x0. Veja o gol abaixo:




Assim como no primeiro tempo, após o gol corintiano o time colombiano não esboçou reação, e a vantagem de 2x0 se manteve. Com a vitória, o Corinthians somou 4 pontos e é o segundo do grupo 5, que tem o Tijuana-MEX como líder com 6 pontos. Esse inclusive é o próximo adversário do Corinthians na Libertadores, jogo a ser realizado no dia 06 de março, no México.


Imagem do jogo

O jogo entre Corinthians e Millonarios-COL nos trouxe uma experiência que embora não seja inédita, é bastante inusitada: uma jogo de futebol sem torcida. O silêncio propiciado por tal situação é tão angustiante, é tão chato, que se torna impossível ver um jogo, mesmo da Libertadores, com entusiasmo. Tomara que este mal estar sirva de lição aos pseudo-torcedores.


    

Caros Leitores

por Luiz Carlos Silva

Caros leitores e queridas leitoras, peço desculpas pela minha ausência nas postagens do blog e gostaria de agradecer ao meu parceiro Lucas Ribeiro, que manteve o blog em atividade. Não deixarei mais esta ferramenta enferrujar, voltarei às postagens sem falta. Um abraço a todos.  

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

E o Flu respira...

por Lucas Ribeiro

Infelizmente, não pude acompanhar o primeiro tempo do jogo entre Huachipato, do Chile, e Fluminense, quando os primeiros iam conseguindo a vitória por 1 a 0. Mas no segundo tempo o Flu foi avassalador: virou, com bastante propriedade, por 2 a 1 e, pelos derradeiros 45 minutos do confronto, demonstrou aquilo que prometia antes da competição começar: é amplo favorito à conquista, que seria inédita na história tricolor. 

O ponto forte do time é a rápida troca de passes no meio-campo. Nem, Thiago Neves e Jean são a prova de que o Flu tem o melhor meio-campo do Brasil. Pode, inclusive, confiar nos reservas: Rhaynner entrou e, apesar dos dois anos sem marcar gols, quase quebrou o jejum ao acertar a trave chilena, além de ter colocado fogo na defesa adversária, com sua velocidade, e Wágner, de características bastante similares a Neves, que foi o responsável pelo gol da virada. 

Carlinhos, que, por provavelmente ser o melhor lateral-esquerdo em atividade no país, merece ser melhor observado por Felipão, já que Mano só o testou nos risíveis jogos do Superclássico das Américas, foi a avenida vital do Flu pelo flanco sinistro do campo. A seu favor contou a debilidade da marcação dos adversários naquele lado, fator que, com preciosos cruzamentos, o possibilitou servir Fred, fundamental ao fazer o pivô que gerou o gol de Nem, o primeiro na contagem carioca. 

O problema do time de Abel Braga é ainda seu setor defensivo. Leandro Euzébio e Gum são nomes aquém da qualidade do resto do time. Até Edinho, o cão-de-guarda do setor, não é um dos nomes mais confiáveis. Muito provavelmente, se não fosse esta debilidade, o tricolor teria vencido o adversário de hoje com muito mais facilidade. No entanto, tal triunfo manteve a "tradição" do grupo, que assistiu às vitórias dos visitantes Huachipato, Grêmio e Flu diante, respectivamente, de Grêmio, Flu e Huachipato. 

A vitória, além do mais, tranquilizou a massa verde-e-grená, já que a concretização de uma derrota deixaria o clube com duas consecutivas, além de mantê-lo na lanterna da chave. Desse modo, uma nova Libertadores deve agora começar a um dos favoritos...

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Tá cada vez mais difícil de engolir

por Lucas Ribeiro

Hoje à tarde,  ao conceder entrevistas, o diretor de futebol corintiano Roberto de Andrade foi enfático ao afirmar que a principal responsável pela morte do jovem Kevin Espada, de 14 anos, foi a Conmebol. O assunto, engraçadamente, após os choros de Edu Gaspar e Tite ao término da estreia alvinegra na Libertadores, parece que não é tão lamentado no Parque São Jorge. 

O ápice dessa ignorância foi o episódio de domingo, no qual os "torcedores" do clube encarcerados na Bolívia, aos gritos de "vai, Corinthians", comemoraram o empate do clube diante do Bragantino, pelo Paulistão. Ou seja, a gestora do futebol sul-americano tem sua parcela de culpa, mas nada supera o gosto insosso de como o tema vem sendo tratado dentro das esferas corintianas. 

Tal isenção seria equivalente a se o Liverpool, em 1985, culpasse a UEFA pela morte dos torcedores juventinos na final da Champions League daquela temporada, que, concomitantemente, representou a morte do velho futebol inglês e instaurou uma nova mentalidade nas ilhas britânicas de como gestar o esporte mais popular do mundo. Seria no mínimo patético.

Assim, enquanto a diretoria do Corinthians trata o assunto de maneira en passant, "torcedores" fazem festa parece que desprezando o que aconteceu há ainda menos de uma semana. A sucessão de fatos soa, repito, numa equivalência de que uma vida não foi perdida. E muito menos no futebol. 

domingo, 24 de fevereiro de 2013

E a vergonha de Oruro terminando em nada...

por Lucas Ribeiro

Neste domingo, o advogado da Gaviões da Fiel afirmou que o responsável pelo porte do sinalizador vai se entregar à polícia. O jovem, que tem as iniciais do nome H.A.M. e 17 anos, se apresentará a uma delegacia em Guarulhos, enquanto a embaixada brasileira tenta mandar de volta ao Brasil os 12 "torcedores" detidos.

Ou seja, resumindo, a tragédia deve não acabar em nada, e tal impunidade só dará margem para que esses vândalos continuem atuando livremente nos estádios até mesmo do exterior. Mesmo que o autor do disparo tenha sido de fato o menor, apenas por não poder responder judicialmente como alguém maior de 18 anos é algo que já suaviza para um cidadão que, certamente, por fazer parte do grupo que faz, tem plena consciência de seus atos. 

Além do mais, apesar de estar fazendo sua obrigação, é decepcionante ver a diplomacia brasileira trabalhando pela extradição de tais indivíduos. Deveriam, na minha mais modesta opinião, deixá-los cumprir toda a pena a que fossem condenados na Bolívia, comendo o pão que o Diabo amassou. Enquanto isso, o assassinato do jovem Kevin Espada vai se desenrolando como algo que vai acabar em pizza. E o pior: saber que tal impunidade fortalecerá ainda mais esses grupos de poder paralelo chamados de torcidas organizadas. 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

E o Corinthians recorre...

por Lucas Ribeiro

Ontem, a Conmebol lançou a sentença: até o final desta edição da Libertadores o Corinthians jogaria com portões fechados, sem direito, inclusive, a ter adeptos nos jogos fora de casa. Prontamente, a diretoria alvinegra, ciosa de prejuízos da ordem tanto financeira quanto de apoio (já que a massa alvinegra - não me refiro a ela, depois do ocorrido, como Fiel - é um importante combustível para a equipe), recorreu da decisão, tentando manobrá-la, obviamente, a seu favor e cancelar a decisão.

Como penso, tal punição foi a resposta mais urgente à opinião pública, que, depois do absurdo incidente, clamava por uma pena. A detenção do torcedor, para ela, ainda assim, não era suficiente, com a Confederação Sul-Americana, portanto, optando pela punição ao clube. Não estou dizendo que compartilho ou discordo de tal, mas é o fato, o que aconteceu. Por outro lado, correndo o risco de, pelo regulamento, ser banido da competição, o Corinthians devia ponderar e analisar se tal contragolpe lhe é benéfico. Talvez, pelas condições, creio que a diretoria devia acatar e obedecer tal decisão, por menos justa que ela possa ter sido. 

E, com relação ao blog de Juca Kfouri, paira um certo chororô alvinegro, na minha mais modesta opinião. O presente jornalista parece que tenta justificar a atitude de vândalos brasileiros com uma não-existente civilidade em gramados sul-americanos. E, por mais que nos estádios do continente afora, haja abuso dos espectadores, que arremessam o que podem pra dentro dos gramados, não me lembro de mortes causadas. E querer também dizer que sempre defendeu a não-participação brasileira na Copa é ridículo. Eu, como são-paulino, seria totalmente desfavorável a tal atitude, se ela ocorresse, e o blogueiro foi um dos mais entusiasmados comemoradores do título da edição passada. 

Aliás, daqui a pouco vão estar dizendo que a Liberta não vale nada...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A vergonha de Oruro

por Lucas Ribeiro

Futebol é alegria. É o que pelo menos pensam os torcedores comuns, como eu e você, que compramos camisas, caras, por sinal, que, contra todas as adversidades de transporte público, de trânsito, de acesso, vamos aos estádios torcer por nossos ídolos e, principalmente, por nossos times de coração. Sempre tive minhas reticências em relação a torcidas organizadas. Um episódio que, aliás, marcou muito minha infância foi após um São Paulo x Palmeiras, numa competição de juniores, uma briga promovida por "torcedores" de ambas as equipes, que invadiram o estádio do Pacaembu e promoveram uma verdadeira selvageria num dos templos sagrados do futebol nacional. 

Depois disso, reforçando, o então promotor Fernando Capez deu início a uma verdadeira moralização no futebol (ou que, pelo menos, prometia uma). Cadastrar todos os organizados e tentar controlar criminosos, foragidos, devedores da justiça de se penetrarem nelas e tentar manter apenas o espetáculo vivo nos gramados. Acontece que, quase vinte anos mais tarde, agora no exterior, uma organizada volta a envergonhar os brasileiros. E não tentemos ver isso de um foco clubístico, de afirmar que isso só aconteceu porque eram corintianos.

Não. Neguemos isso. O momento é de analisar não o Corinthians, tão clube quanto seus rivais, rivais estes que muitas vezes fazem vista grossa à ação dos uniformizados, dando a possibilidade de eles agirem livremente nas suas estruturas. Rivais estes que geralmente sustentam viagens, até para o exterior, desses silvícolas que, ainda por cima, envergonham o Brasil além-fronteiras. 

Temos que urgentemente banir a animalidade, a irracionalidade que tantos trazem ao nosso esporte favorito e a tantas dores que levam a famílias que veem seus filhos irem a campos de futebol com o intuito da diversão e voltarem para casa dentro de caixões. Os ingleses resolveram o problema. Por que não podemos? BASTA!

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Agora vai, Ganso?

por Lucas Ribeiro

Ontem, sábado de noite, São Paulo e Ituano faziam um jogo complicado para o mandante, no Morumbi. Após ter ficado duas vezes na frente do placar, o tricampeão mundial passava por apuros contra o Galo da Japi, que conseguia, com eficiência, neutralizar as suas melhores oportunidades. No último terço do jogo, no entanto, Ney Franco apostou em Ganso. 

O camisa 8, depois de discretas atuações neste ano, destacavelmente nas derrotas diante do seu ex-clube, Santos, na Vila Belmiro, e do Atlético-MG, em Belo Horizonte, pela estreia da Libertadores, justamente os mais difíceis até agora na temporada, seria capaz de recuperar o moral do time, que, se empatasse, acumularia mais um resultado insatisfatório na temporada? 

Contudo, Ganso, ao entrar ligado, marcou, aos 40, o gol que salvou o Soberano de mais um resultado ruim e que, ainda por cima, foi capaz de colocá-lo, com um jogo a menos que a líder Ponte Preta e o vice-líder Mogi Mirim, em quarto lugar na tabela da competição. O 3 a 2 foi construído num jogo onde o São Paulo esteve longe do ideal, mas, como ficará 15 dias longe da principal competição sul-americana, vencer significa elevar a confiança do elenco, que, na volta, em dois jogos em casa diante de The Strongest e Arsenal, deve arrancar e, nesses, obter 100% de aproveitamento de pontos.

Mais ou menos como foi falado ontem na Rádio Globo, logo após o final do embate, Ganso deve se esforçar não para jogar no mínimo de sua capacidade, mas, ao contrário, no máximo. E, tentando parafrasear Rogério Ceni, entrevistado assim que o jogo se encerrou, um clube como o São  Paulo não investiria o que investiu (8 milhões de euros) num jogador que não tivesse qualidade. 

Quem sabe depois desse gol e com a possibilidade de começar jogando contra o São Caetano Ganso não conquiste de vez a confiança que falta a ele na nova casa? Com paciência - e o exemplo dado pelo presidente Juvenal Juvêncio, que o comparou a Careca, que também passou pelas mesmas dificuldades no seu início de São Paulo, veio a calhar - ele deve brilhar. Potencial, afinal, seguindo o raciocínio do ídolo-mor das últimas gerações tricolores, Ganso tem. 

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Atlético-MG 2 x 1 São Paulo - Análise

por Lucas Ribeiro

Ontem, Atlético Mineiro e São Paulo iniciaram a fase de grupos envolvendo times brasileiros em alto nível. Confronto recheado de pentacampeões mundiais em 2002 (Ronaldinho e Gilberto Silva, no banco, pelos mineiros e Rogério Ceni e Lúcio pelos paulistas), o jogo começou pegado. A marcação do Galo, eficiente, conseguiu, desde o início, anular as infiltrações ofensivas do Tricolor. Jádson, o responsável por municiar o ataque, foi acossado pessoalmente por Pierre, fator que impossibilitou que as ações ofensivas são-paulinas fossem mais eficientes. 

No ritmo em que a partida se iniciou, o primeiro gol não tardaria a sair. Aos 12 minutos, depois de falha de Rhodolfo, que, infantilmente, parecia desconhecer a não-existência de impedimento após arremessos laterais, Ronaldinho recebeu de Marcos Rocha e, com um inteligente passe, municiou Jô, que colocou a bola nas redes, com a contribuição de um desvio de Lúcio. Os belo-horizontinos, assim, tomaram conta de um jogo que, pelas circunstâncias, lhe era favorável desde o apito primeiro do árbitro. 

O jovem Bernard, apostando na velocidade, e Diego Tardelli, que, mesmo ainda sem ritmo adequado, foi um dos vértices do falso 4-2-3-1 de Cuca, deram trabalho à defesa adversária. Contudo, os experientes Lúcio, se dando melhor em quase todos os embates que teve contra a jovem revelação atleticana, repetindo seu bom desempenho individual contra Neymar, na derrota tricolor diante do rival Santos, e Rogério Ceni, com defesas valiosas, impediram a ampliação do placar. 

Para o segundo tempo, o São Paulo voltaria melhor a campo. O ágil Osvaldo, mais ligado, era soberano no confronto com Marcos Rocha, lateral quase que unicamente ofensivo, e era quem dava mais trabalho ao goleiro Victor, que fez uma impecável etapa derradeira, tendo salvado chutes com endereço certo de Luís Fabiano (na sua única participação capital durante os 90 minutos) e Aloísio. 

E, por falar no ex-atacante do Figueirense, foi ele quem entrou e, definitivamente, deu mais vida à equipe tricolor. Apesar de tido como um substituto de LF, por ter sempre jogado mais como homem de referência, Aloísio vem demonstrando, sim, que pode ser o nome ideal para cobrir a lacuna deixada por Lucas. Caindo pela direita, encostava em Jádson para receber bolas e, então, partia em velocidade contra a defesa mineira. Tanto que numa jogada à "Touro Bandido" (como era conhecido pela torcida catarinense) anotou, aos 37, o gol visitante. O problema é que, 10 minutos antes, com Réver, o Atlético já havia feito o segundo gol e praticamente decretado a sua vitória. 

Outra decepção da partida foi Ganso. O ex-santista, que ainda não conseguiu imprimir seu ritmo no novo clube, apesar de, no último minuto, quase ter colocado água no chope do Galo, não deu a dinâmica que se esperava dele. Ao substituir o inoperante Jádson, fez apenas uma bola jogada, quando, num lançamento, serviu bem Osvaldo na esquerda. 

Desse modo, o Atlético lidera o grupo com três pontos, pontos estes fundamentais num grupo que, com o duro Arsenal de Sarandí e com os nativos da altitude The Strongest, vai ser osso duro de roer a ambos os brasileiros. O São Paulo, por sua vez, com duas partidas consecutivas no Morumbi, e contra os dois estrangeiros, tenta se recuperar da derrota e principalmente da má atuação em Belo Horizonte. 

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Será que o Barcos vai afundar de vez?

por Lucas Ribeiro

Barcos foi para o Grêmio. O argentino vestiu a camisa 28 do Tricolor gaúcho e, assim, junto com Vargas, torna-se o principal reforço do clube para 2013, ano no qual busca o seu terceiro título continental. Bom, mas e o Palmeiras, seu antecessor e do qual era o jogador mais badalado, como fica? Só para se ter uma ideia, Marcelo Moreno, o principal nome envolvido no negócio, não quer morar em São Paulo e, pior, viu seu pai, por meio da imprensa, chamar a agremiação paulistana de "fracassada".

Numa manobra à Tirone, seu antecessor, Paulo Nobre, ainda ajudado pelo experiente Brunoro, se tornou, em menos de um mês de mandato, alvo negativo da torcida, absorta em presenciar uma negociação tocada de uma maneira (bastante) amadora. Ceder o goleador palmeirense sem sequer conhecer o nome de quem seguirá o caminho inverso foi uma atitude extremamente irresponsável do atual mandatário alviverde. Tanto que na inscrição para a Libertadores o único ex-gremista presente na lista é Vílson, o único que, até agora, topou se transferir ao futebol paulista.

Espertamente, ainda por cima, e parece que percebendo a inocência da cúpula paulistana, os tricolores liberarão Leandro, nome de maior potencial dos cinco envolvidos no negócio (além dos já citados no texto, os outros são Léo Gago e Marco Antônio), apenas por empréstimo de um ano. Ou seja, enquanto o Grêmio, apesar de tentar convencer seus atletas à transferência ao Sudeste, fica com Barcos, o Palmeiras perde sua referência de área e, com a dificuldade do time em conseguir resultados positivos no fraco Estadual, daqui pra frente, se os atletas "gaúchos" se mantiverem batendo o pé, a situação só tende a piorar.

E a sucessão presidencial palmeirense, se Nobre basear seus dois anos no poder de acordo com a venda de Barcos, vem se tornando trágica à torcida. Depois de Mustafás e Tirones, a média de uma queda à Série B a cada dez anos (senão for, ainda por cima, "potencializada") parece que só tende a se concretizar...