por Lucas Ribeiro
Neymar fez, neste domingo, seu último jogo com a camisa do
Santos, no empate insosso diante do Flamengo, em Brasília. O Peixe, assim,
acaba com dois saldos, positivos, por sinal: o dos títulos, principalmente o
tri da Libertadores, competição a qual o clube não levantava havia 48 anos, e o
dos €28 milhões que o clube tem direito por ser proprietário de 55% dos
direitos da Joia.
Dessa modo, fica a dúvida: qual será o legado de Luís Álvaro
de Oliveira Ribeiro, mandatário alvinegro, na era pós-Neymar? Se Marcelo
Teixeira, seu antecessor, se perdeu um pouco no comando do time depois da venda
de Robinho, LAOR será capaz de montar times de alto nível para que o Santos
continue competitivo?
A crítica é a de que o time de 2013, apesar de vice-campeão
paulista, é o mais fraco desde 2010, quando oficialmente foi inaugurada a era
então vigente antes da saída do camisa 11. Apesar da chegada de Montillo e das
manutenções de Rafael, Arouca e Léo, o time ainda patina e não encontrou a
estabilidade ideal. Alguns reforços, como André, já no Vasco, e Guilherme, lateral
que brilhou no Figueirense, não vingaram, mas, em contrapartida, outros, como
Renê Júnior e Cícero, vêm demonstrando um potencial além do esperado. A saída
de outras estrelas da companhia, como Ganso e Elano, também corroboram com a
possbilidade de o Santos sentir ainda mais a falta do craque.
Com o dinheiro, é possível que Robinho retorne à Baixada
Santista. Mas, pelo que vem jogando no Milan (ou melhor, pelo que não vem
jogando), seria o Rei das Pedaladas um nome substancial para substituir Neymar? Na
sua breve segunda passagem pelo Santos, em 2010, o herói do título brasileiro
de 2002, apesar da má fase, se superou e demonstrou um belo futebol. Contudo, assim
como a incerteza do sucesso da Joia no Barça, na Vila tudo parece assumir, a
partir de agora, um ar de incógnita...