segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Cadê o "gestor"?

por Lucas Ribeiro

Na tarde desta segunda-feira, pressionado por maus resultados, Paulo Autuori, após quase dois meses como treinador são-paulino na sua segunda passagem pelo Morumbi, foi demitido. O favorito para assumir o cargo, agora vacante, é Muricy Ramalho, outro que, assim como o provável antecessor, assim como o foi entre 2005 e 2006, quando substituiu o então campeão mundial no cargo, fez história no clube, ao ganhar três Campeonatos Brasileiros consecutivos. 

Mas, falando na demissão, ela é prova, mais uma vez, do amadorismo reinante no departamento de futebol tricolor. Apesar de na contratação de Autuori, Juvenal Juvêncio enfatizar a existência de um "gestor" no clube, o cai-cai de técnicos não resolverá o problema do São Paulo. Ou alguém acha que o responsável pelos baixos rendimentos de Jádson, Osvaldo, Ganso e Luís Fabiano é o nome que senta à beira do gramado junto com os reservas?

Autuori, enfim, deu um mínimo padrão de jogo à equipe e conseguiu, em meio à crise, deixar bons legados, como o afastamento de Lúcio, que, presente, foi um dos responsáveis pela instalação da crise técnica do clube, e a reintegração de Fabrício, que vem sendo um dos pontos de equilíbrio no meio-campo. No mais, promoveu Reinaldo na lateral, talvez o único que, dentro das dificuldades são-paulinas, vem atuando com boa qualidade. 

A vitória sobre o Benfica, no entanto, serviu para tampar o sol com a peneira. Mas não em relação ao trabalho do treinador, e sim pra quem pensava que o SPFC tinha um elenco "qualificado". A crise, resumindo, é decorrente de um psicológico e deficiências futebolísticas crônicos, e sua resolução seria equacionada se os velhos nomes da diretoria dessem a lugar a novos. 

Afinal, Paulo Autuori nunca foi e nem sequer será feiticeiro. Assim como Ney Franco e Muricy Ramalho, que, quando ganhou tudo, tinha respaldo de uma diretoria de "verdade". Ou seja, àqueles que defendiam a queda do carioca e o retorno do paulista, o sofrimento vem é mais de cima. A briga contra se rebaixamento, este se já não concretizado, continuará emocionante!

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