domingo, 8 de setembro de 2013

A (cada vez mais próxima) queda do São Paulo

por Lucas Ribeiro

Neste domingo, o São Paulo perdeu, por 2 a 0, para o Coritiba, na casa do adversário, e, mais do que nunca, deve dar adeus à Série A do Brasileirão em 2014. O que aconteceu de errado com o clube, que, passou pelo maior jejum de sua história e, quando parece que vai empolgar, retrocede? 

Voltemos a janeiro. Ainda com o moralizado Ney Franco como treinador, Juvenal, o presidente, parecia montar um time dos sonhos no Morumbi. Mesmo com a saída do jovem Lucas, que teve um impressionante segundo semestre de 2012 com a camisa tricolor, o mandatário prometia Vargas, fechava com Aloísio, terceiro nome da lista de artilheiros do então último Brasileiro, e via Ganso iniciar sua primeira temporada com a sua nova equipe. Uma atitude, contudo, foi fundamental para a guinada do clube: a contratação do zagueiro Lúcio, pentacampeão mundial com a seleção brasileira.

Em vez de fechar com o ídolo Lugano, que claudicava no Paris Saint-Germain e que, em troca de Lucas, poderia ter sido inserto na negociação, JJ optou pelo atleta sem identificação com a equipe do Morumbi e que vinha apresentando problemas de relação na Juventus, sua última equipe. O zagueirão, que prometia ser o símbolo de uma imaginada conquista da Libertadores, acabou se tornando um fracasso, encerrando sua passagem após um afastamento, em julho, pelo novo treinador, Paulo Autuori.

E, por falar em técnico, o então prestigiado, como já dito, Ney Franco virou, em pouco menos de seis meses, um "inútil". Além da demissão, depois de já estar fora da rotina do clube, se envolveu em um "barraco" com Rogério Ceni, disparando que atletas como Ganso e o próprio Lúcio não brilhavam graças a uma influência negativa do capitão. Em resposta a Franco, Ceni, que outrora o elogiava, disse que, se gozasse de tanto poder dentro do SPFC, já o teria demitido há muito. 

A soberba, pelo contrário, a despeito dos maus resultados, continuou. Adalberto Batista, ex-diretor de futebol, e Juvêncio, via imprensa, reiteradamente pareciam estar ainda entre 2005 e 2008, quando os são-paulinos comemoraram até o mundo. O primeiro, quando perguntado sobre reforços, afirmou que o fraquíssimo elenco era "qualificado". O segundo, na coletiva de contratação de Autuori, alfinetou o rival Corinthians, lendo uma lista que continua todos os treinadores alvinegros desde 2003. 

Ou seja, resumo da ópera: torçam, aficcionados, para que abril chegue logo e que, com sua chegada, os conselheiros não reelejam a chapa de JJ, que, certamente, apontará pelo menos um candidato. Caso contrário, a Série B será mais longa que um ano...

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