quinta-feira, 25 de julho de 2013

Épico, incrível, inacreditável, sensacional. Chame como quiser, o Atlético-MG é campeão da Libertadores.

por André Gobi

Uma partida digna de infartar qualquer torcedor do Galo. Após perder a primeira partida por 2 a 0 no Paraguai, o time precisaria, pelo menos, igualar o placar contra o Olímpia para tentar vencer na prorrogação e pênaltis. Nada que o time e o torcedor atleticano já não estivessem acostumados.

O Atlético-MG teve um caminho tortuoso até levantar a taça. Tirando a primeira fase, de grupos, quando se classificou com sobra e as oitavas de final em que não tomou conhecimento do São Paulo, o time sofreu (e como sofreu) para conquistar a América. Foi aí que surgiu o goleiro São Victor (apesar de quem vos escreve desprezar essas nomeações santificadas, o faço, pois, é como toda a torcida o está chamando), que foi um dos maiores responsáveis pela conquista.

Nas quartas de final, o time sofreu contra o mexicano (quase estadunidense) Tijuana, quando o goleiro defendeu um pênalti aos 47 minutos do segundo tempo, que se convertido fosse, daria a classificação aos mexicanos. Na fase seguinte, semifinal, depois de perder por 2 a 0 na Argentina contra o Newell’s Old Boys, conseguiu o mesmo placar no jogo de volta e o goleiro foi o responsável pela classificação à final na disputa de pênaltis.

A partida final começou em Assunção na semana passada e não poderia ter sido pior. O time jogou muito mal e perdeu, novamente, por 2 a 0. O Olímpia não é um time qualquer, é tricampeão da Libertadores, experiente, o maior vencedor paraguaio e um dos gigantes sul americanos. Seria difícil reverter. Sim, seria difícil, mas não impossível. Embalados pelo grito das arquibancadas, a máxima “Yes, We CAM”, alusão à campanha do presidente norte americano Barack Obama, com seu jargão “Yes, We Can (Sim, nós podemos), se fez presente e o Galo realmente pôde, enfim, vencer a mais sonhada taça das Américas.

O jogo foi duro, com o time paraguaio bem postado taticamente e o time atleticano nervoso. O primeiro tempo teve o placar inalterado. No entanto, na volta do intervalo, Jô marcou logo no primeiro minuto e Leonardo Silva, aos 41, ampliou. Prorrogação sem alteração e outra disputa por pênaltis. Logo no primeiro, Victor defende para alegria atleticana e desestabilização paraguaia. A partida terminou com vitória do Atlético por 4 x 3 nas cobranças das penalidades. Galo campeão e festa, merecida de jogadores e torcida. 

Vale ressaltar que se alguém merecia muito esse título, esse alguém era o técnico Cuca. Sempre fazendo bons trabalhos, porém, com a fama de azarado, foi o responsável por montar esse time vitorioso com muitos jogadores desacreditados (Ronaldinho, por exemplo) e dar a volta por cima, fazendo uma campanha histórica que culminou num título épico. Parabéns ao Atlético-MG, que agora está em outro patamar do futebol.

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