domingo, 2 de setembro de 2012

Bahia 1x0 São Paulo - Análise

por Lucas Ribeiro

Bahia e São Paulo entraram em campo hoje, no estádio Pituaçu, em Salvador, embalados. Se os paulistas cada vez mais se aproximam do G-4, principalmente depois de quebrarem um tabu de sete anos contra o Corinthians no Pacaembu e de golearem no meio de semana o Botafogo de Seedorf, os baianos ganharam na quarta do badalado Santos, de Paulo Henrique Ganso e Neymar, fora de casa, resultado que coroou a estreia do treinador Jorginho, que conseguiu o título da Série B em 2011 com a Portuguesa e que substituía o demitido Caio Júnior. 

O ex-jogador de Palmeiras e Atlético-MG mandou o tricolor da Boa Terra a campo num 4-2-3-1, sob a seguinte escalação: Lomba; Neto, Titi, Danny Morais e Jussandro; Fahel, Diones, Helder, Zé Roberto e Gabriel; Souza. Já Ney Franco, aposentando o 3-5-2 e sem Luis Fabiano, suspenso pelo terceiro cartão amarelo na partida contra o Fogão, armou o tricolor tricampeão mundial dessa maneira: Rogério Ceni; Douglas, Tolói, Rhodolfo e Cortez; Assunção, Denílson, Maicon e Jádson; Lucas e Cícero. 

Os primeiros 10 minutos de jogo foram do mandante. Bastante ligado e apostando na habilidade de Zé Roberto e do garoto Gabriel, o Bahia ameaçou o São Paulo com perigo. A principal jogada nesse intervalo de tempo foi a cabeçada de Souza, que, depois de falha de Cortez, passou por cima do gol de Rogério. Depois, porém, o São Paulo equilibrou as ações, mas num jogo que, tirando bons lampejos de Lucas, permaneceu morno até os 45. 

Na segunda etapa, os paulistas voltaram mais ligado. O camisa 7 são-paulino, entretanto, bem marcado por Danny Morais não conseguia dar muita efetividade às jogadas de ataque da equipe. Assim, Ney Franco, aos 15, apostou em Osvaldo, que seria responsável por, junto com o futuro atacante do PSG, dar mais dinâmica ofensiva. Logo depois da sua entrada, o ex-atacante do Ceará passou por dois marcadores e o tricolor paulista só não abriu o placar porque, vendo a antecipação do goleiro Lomba, Jádson hesitou em buscar a bola. 

Aos 25, contudo, o Bahia jogaria um balde de água fria nas pretensões do seu adversário. Gabriel, sem ser incomodado pelos zagueiros, ficou cara-a-cara com Rogério e alterou o marcador em favor dos anfitriões. A partir daí, se compactando com as entradas dos experientes Fabinho e Mancini, os baianos observaram um São Paulo, como quase sempre quando se encontra na condição de buscar o resultado, tentando empatar o jogo a qualquer custo. Entretanto, a principal chance paulista aconteceu já nos acréscimos, aos 48, quando, depois de falta cobrada por Ceni, Cícero cabeceou nas mãos de Lomba, com a bandeirinha Janette Arcanjo tendo marcado a posição irregular do camisa 16. 

Com o 1 a 0, os nordestinos vão se afastando do incômodo Z-4; agora com 23 pontos, enxergam o primeiro time da zona de rebaixamento, o Sport Recife, com 19. Já o time do Sudeste, com a derrota, contrariando seus objetivos em Salvador, também vê a diferença dos seus pontos, 34, subirem para quatro, 38, em relação ao primeiro clube por enquanto classificado à Libertadores-13, o Vasco. Com intenções contrárias no campeonato, respectivamente seus próximos adversários são o líder Atlético-MG, em Minas, e Internacional, no Morumbi. 


DESTAQUES


BOLA CHEIA

Danny Morais (Bahia) - minimizou bem os espaços de Lucas, a peça fundamental são-paulina no jogo. 

Gabriel (Bahia) - junto com Zé Roberto, fez uma bela partida. Mas, ao contrário do companheiro, marcou um gol fundamental para que o time se afastasse da zona de rebaixamento.


BOLA MURCHA

Jádson (São Paulo) - infelizmente, sempre deixa a desejar. Não demonstra a vibração de um jogador que está num time que vislumbra títulos importantes.

não presença de Luís Fabiano - o Fabuloso, querendo ou não, faz falta ao São Paulo. Apesar de quebrar um bom galho, Cícero peca por não ser um centroavante de ofício. 


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