segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Uma Rodada pra Líder Esquecer.

por Luiz Carlos Silva


A 25ª rodada do brasileirão era uma rodada cheia de oportunidades. Talvez para os times do Z4 as coisas não se alterassem muito, mas para os 4 primeiros colocados, a movimentação tinha tudo para ser intensa. Mas não foi. No sábado, dia 15, a rodada se iniciou com um jogo que para muitos era uma barbada: o líder Fluminense recebia em casa o lanterna Atlético-GO. O time das laranjeiras poderia se distanciar do Galo, que mesmo com um jogo a mais, não teria mais aquela vantagem. Mas o imponderável do futebol ataca quando menos se espera. O Dragão de Goiás aprontou das suas. Desde o começo do jogo o time goiano foi mais perigoso que o Fluminense, que parecia ele estar próximo da degola. Estava apático, nervoso. Tudo bem que o artilheiro Fred não estava jogando, mas isso não pode ser desculpa para um time que quer ser campeão. O Atlético-GO que não tem nada a ver com isso, foi pra cima e em uma cobrança de falta ensaiada, com um tirambaço de Diego Giaretta, abriu o placar. E o Fluminense nada de reagir. No fim do 1º tempo, o Dragão aumenta a vantagem com uma cabeçada de Reniê lá de trás da marca do pênalti, que encobriu bonito Diego Cavallieri. No segundo tempo o Flu veio mais encorpado, se lançou mais ao ataque, mas lá embaixo da meta goiana estava o goleiro Márcio, que em dias normais já é um bom goleiro, e que nesse jogo estava inspiradíssimo. Fechou o gol do Dragão. Só não conseguiu evitar o rebote do lateral Marcos no pé de Michael, que não errou. Final de jogo Fluminense 1x2 Atlético-GO. Poderia ser a perda da liderança do Fluminense. Mas só poderia.

Atlético-MG e Grêmio com certeza se alvoroçaram com a chance se passar o líder ou ao menos se aproximar dele, respectivamente. Não era aquela barbada que foi o jogo entre Fluminense e Atlético-GO, mas qualquer um apostaria no Galo contra o Timbu. O time de Pernambuco mostrou quem manda em casa e segurou o ímpeto do Galo, composto por R49 Bernard e Cia. No comecinho do segundo tempo, Souza, aquele Souza do Palmeiras, chuta no meio da barreira, que, vejam só, abre e dificulta a vida do goleirão Victor: era o 1x0 do Náutico. E ficou por isso mesmo, Náutico saiu com a vitória e o Galo perdeu a chance de passar o Fluminense.

Depois de ver os tropeços dos rivais, o Grêmio poderia ter aproveitado para entrar de vez na disputa pelo título. Poderia. O jogo contra o Flamengo poderia ou ligar o sinal de alerta do rubro-negro para o Z4 ou levar o Grêmio pra bem perto dos líderes. Nem lá nem cá. Num jogo morno, morno, o time dos sul saiu na frente aos 17 do 1º tempo com um belo gol de Marcelo Moreno, que após passe açucarado de Elano, encobre Felipe. O gol mostra a organização e o bom time que o Grêmio tem. Mas, no fim da contas o que vale mesmo é bola na rede. O Grêmio poderia ter ampliado, mas não o fez. O Jogo era cada vez mais morno e o Flamengo, graças ao jovem Adryan pode empatar a partida com uma cobrança de falta que parecia ter sido feita com a mãos. Chute preciso e 1x1 no placar. Resumindo: os dois times ficaram na mesma.

Lá no Melão em Varginha, sem trocadilhos infames, Cruzeiro e Vasco se enfrentavam em busca de um objetivo comum: o G4. A partida no Estádio Dilzon Melo foi agitadíssima, com várias chances de gol, polêmicas, discussões com a arbitragem, essa que inclusive tem roubado a cena das pelejas nacionais. Mas enfim, o jogo foi aberto e o Vasco com tanta vontade de se manter no G4 fez dois gols: um para o Cruzeiro e um a favor mesmo. Everton é lançado na linha de fundo e cruza pra área, onde Renato Silva tentando cortar faz contra, logo aos 3 minutos de jogo, um belo gol diga-se de passagem. O jogo continuava lá e cá com oportunidades para os dois lados. Até que aos 40 da etapa inicial, após bola mal cortada por Fábio, Nilton aproveita e solta a perna estufando a rede da Raposa: 1x1 em Varginha. O Cruzeiro após sofrer o gol foi mais ao ataque e fez até uma pressão no Vasco que não cedeu. Ninguém mais cedeu até o fim do jogo e o embate terminou em 1x1.

Numa rodada cheia de apostas fáceis, de favoritismos, nada saiu como planejado. Os times do G4 não conseguiram nada mais do que permanecer onde estavam, viram as zebras passeando e provaram mais uma vez por que esse esporte é tão cativante: o imponderável surge de tempos em tempos para apenas mostrar que o futebol não se decide senão dentro das 4 linhas e dos 90 minutos.    
         

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