domingo, 7 de outubro de 2012

Barcelona 2 x 2 Real Madrid - Análise

por Lucas Ribeiro

Neste domingo brasileiro de eleições municipais, o mundo do futebol abrigou mais um esperadíssimo Barcelona x Real Madrid, o clássico mais festejado da atualidade. Ambas as equipes entraram o Camp Nou em um 4-2-3-1, com os anfitriões, desfalcados de sua zaga titular, Puyol e Puqué contundidos, escalados com Valdés; Dani Alves, Mascherano, Adriano e Alba; Busquets e Fabregas; Pedro, Xavi e Iniesta; Messi. Já os visitantes, completos, foram de Casillas; Arbeloa, Pepe, Ramos e Marcelo; Alonso e Khedira; Di María, Ozil e Ronaldo; Benzema.

O jogo, apesar de ser na Catalunha, começou merengue. Até a metade da primeira etapa, comandados por Ronaldo, os castelhanos foram superiores, mesmo que essa superioridade não fosse massacrante. Se aproveitando da então ineficiência da meia-cancha blaugrana, que não conseguia encaixar boa dinâmica na troca de passes, e da sua desfalcada defesa, o Real chegou ao primeiro gol aos 22 minutos de jogo, através do português, que, livre, bateu no cantinho de Valdés. A comemoração, como sempre, foi a do já padrão típico do jogador, exaltadora de toda sua "humildade".

A contusão de Dani Alves, aos 26, substituído pelo garoto Montoya, fator que poderia se converter em um problema ainda maior a Vilanova, foi, contudo, superada; quatro minutos mais tarde, mais precisamente aos 30, o então sumido Messi deu o ar de sua graça: além de sua inteligência nos dribles e da agilidade, o craque argentino ainda demonstra estrela, ao bem se posicionar e, depois de falha defensiva madridista, finalizar contra a meta de Casillas, empatando o confronto.

A partir de então o Barça cresceu. Ainda longe de jogar o que está acostumado, porém, os anfitriões aumentaram seu volume de tempo com a bola nos pés, em detrimento dos rivais. No segundo tempo, enfim, a substuição de Fabregas por Sánchez, o clube proprietário do Camp Nou se aproximou do ideal, ideal este que se converteria, aos 14, num golaço de falta, para variar!, de Messi, responsável por tirar, na cobrança, todas as condições de defesa do goleiro adversário.

Entretanto, o triunfo, que parecia consolidar mais três pontos aos catalães, não asssegurou o resultado. Logo aos 20, depois de passe açucaradíssimo de Ozil, Ronaldo, aqui, com a permissão do leitor, cabe outro para variar!, empatou o confronto. Dessa maneira, os 25 minutos restantes do jogo foram dignos da mais pura emoção; enquanto Mourinho apostava em Kaká, um dedicado Kaká na marcação, diga-se de passagem, e Higuaín, Vilanova matinha sua mesma formação ofensiva.

Ainda houve tempo para que Pedro, aos 46, desse perigo a Casillas, depois de passar pela marcação e bater forte no canto esquerdo. E assim terminou mais um Barça x Real, um jogo que o mundo do futebol vem conseguindo transformar como sinônimo de "bom gosto".




DESTAQUES



BOLA CHEIA

Messi (Barcelona): além de craque, tem estrela.

Cristiano Ronaldo (Real Madrid): mais uma vez tentou vencer o Barça em seus domínios e mais uma vez fracassou. Mesmo assim, fez dois gols importantes, o sétimo e o oitavo, respectivamente, nos últimos três jogos merengues.

BOLA MURCHA

Arbeloa (Real Madrid): se limitou à unica coisa que sabe fazer bem: dar pancadas. Não à toa recebeu merecidíssimo cartão amarelo.

Benzema (Real Madrid): perdeu um gol claríssimo, depois de jogadaça de Di María. Se tivesse convertido, talvez o final da história teria sido outro.



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