quinta-feira, 25 de outubro de 2012

São Paulo 0x0 LDU Loja - Análise

Jogo feio. Esta é a melhor definição para o "espetáculo" ocorrido nesta quarta-feira, no Estádio do Morumbi, entre São Paulo e os equatorianos da LDU Loja. O 0 a 0 classificou os brasileiros, que, apesar da superioridade técnica, não conseguiram demonstrar um futebol mais incisivo frente a um adversário fechado e que, se passasse, teria superado as suas expectativas na competição. 

A equipe de Ney Franco, num 4-2-3-1 e desfalcada de Luís Fabiano, seu artilheiro na temporada, foi a campo com Rogério Ceni; Paulo Miranda, Tolói, Rhodolfo e Cortez; Wellington e Denílson; Lucas, Jádson e Osvaldo; Ademílson. Os equatorianos, por sua vez, treinados por Paúl Veléz, foi escalado em um 4-4-2, com a seguinte disposição: Palacios; Gómez, Vera, Cumbicus, Hurtado; Larrea, Mosquera, Uchuari, Feraud; Alcívar e Fábio Renato.

O jogo começou como prometia. O São Paulo, com Osvaldo e Lucas, tentando abrir espaços e os equatorianos, acreditando no contra-ataque, fechadinhos, aproximando cada vez mais suas duas linhas de quatro homens, uma defensiva e outra de meio-campo, à meta do goleiro Palacios. Dessa maneira, o tricolor criou as melhores chances. com os dois jogadores são-paulinos mais infernais ficando por algumas vezes com boas condições de abrir o placar na quente noite paulistana. Podemos a partir dessas fotos perceber como jogavam os equatorianos:


A linha de quatro defensores sempre permanece, mas ora com dois volantes...


...ora com três, o que dificultou muito a vida do São Paulo.

A partir daí, percebendo que o jogo seria mais difícil do que imaginava, a LDU abriu sua "caixa de ferramentas" e, na base da violência, tentou impedir os anfitriões de jogar. O lance mais polêmico da primeira etapa, e possivelmente do jogo, foi um pênalti ocorrido em Paulo Miranda por Vera, com este, ao se esquecer totalmente da bola, indo de encontro ao corpo do ex-zagueiro e agora lateral são-paulino. As reclamações de Rogério Ceni no intervalo, porém, não bastaram para que o árbitro paraguaio Julio Quintana apresentasse mais qualidade na mediação do confronto.

Na segunda etapa, além de mais erros grosseiros de aribitragem, o São Paulo seguiu ameaçando pelas pontas, com Osvaldo e Lucas se traduzindo sempre em perigo eminente ao adversário. A LDU, apesar da fragilidade, ainda conseguiu se aproveitar da tranquilidade defensiva paulista em duas oportunidades, quando esbarrou num Rogério Ceni atento. 

Desse modo, sem maiores destaques, é que, com um empate sem gols, o São Paulo obteve sua vaga nas quartas-de-final da Copa Sul-Americana e fica no aguardo da decisão entre Emelec e Universidad de Chile para continuar em busca de um título ainda inédito na sala de troféus do Morumbi. 


DESTAQUES


BOLA CHEIA

Osvaldo e Lucas (São Paulo): foram os únicos a tentar jogadas mais ousadas pelo lado tricolor, contra um adversário fragilíssimo.

Torcida do São Paulo: pagou o ingresso, foi ao Morumbi, mas viu um time que rendeu abaixo do que se esperava. Portanto, apesar de ter visto a classificação, merece aplausos.


BOLA MURCHA

Vera (LDU Loja): zagueirão botinudo. Só era capaz de frear a equipe tricolor através de pontapés. Uma expulsão seria muito mais que cabível no jogo de ontem à noite.

Julio Quintana (árbitro): o paraguaio fez uma arbitragem horrorosa. Deixou de apitar, no mínimo, dois pênaltis. 

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