por André Gobi
Dois times que prezam pelo toque
de bola e o jogo bonito se enfrentaram nessa terça, pela primeira partida das
semifinais da Uefa Champions League. O Bayern de Munique recebeu o Barcelona na
capital da Baviera para esse duelo que prometia ser eletrizante. E o foi, ao
menos para os torcedores do time alemão. Um 4 x 0 e aula de futebol.
Mesmo levando em conta dois gols
irregulares ou, ao menos um contestável, e assim, colocando em dúvida o placar
final do jogo, a vitória não pode ser contestada. O Bayern sobrou em campo,
principalmente Thomas Müller, Robben e o zagueiro brasileiro Dante (que
participou do primeiro gol e evitou o empate espanhol, ao se antecipar a Messi
em bola cruzada na área) sem contar o time todo, que fez partida exemplar.
Se, de um lado, o time bávaro
passeou em campo, do outro, o Barcelona foi irreconhecível e, novamente, foi
vítima de sua maior deficiência, a bola aérea. Tanto o primeiro quanto o
segundo gol do Bayern surgiram de bolas alçadas na área do time catalão, que
tendo sua zaga toda retalhada (Puyol e Mascherano estão fora por se encontrarem
lesionados), foi preza fácil para o poderoso time de Munique. Além disso, o goleiro alemão
Neuer, poderia ter visto o jogo sentado em um banquinho, visto que tão pouco
foi acionado pelo time espanhol.
Ainda para piorar a situação,
Lionel Messi visivelmente não se encontra em condição de jogo. O argentino
andava em campo e parecia temer que sua lesão se agravasse. Teria sido prudente
da parte de Tito Villanova tirar sua maior estrela (e esperança) ainda no
intervalo, talvez colocando Fábregas, a fim de dar maior movimentação do meio
para frente e, quem sabe, sair da Allianz Arena com um prejuízo menor. Não o
fez, ficou na espera de um lampejo da genialidade do melhor jogador do mundo, e
pagou caro.
O Barcelona conseguiu uma virada história e
sensacional contra o Milan, nas oitavas de final. Porém, agora, a situação é
muito mais crítica. O Barça havia perdido por 2 a 0 em Milão e o Bayern, hoje,
é muito superior ao Milan. E talvez, o fator fundamental que tenha sido
determinante neste placar e pode ser decisivo para o próximo é a situação
física de Messi. Nas oitavas, estava em plenas condições de jogo e decidiu. Já
no segundo jogo contra o Paris Saint-Germain, já não estava em condições e
também foi decisivo. Agora, não sabemos em quais condições estará na próxima
semana. Hoje, não pôde ser o grande jogador que é. De qualquer maneira, bem ou
mal, Messi e seus companheiros terão pela frente uma situação totalmente
adversa, que estão desacostumados. E pior, contra um time fortíssimo e com fome
de vitória. Pelo jeito, só um milagre mesmo.
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