quarta-feira, 24 de abril de 2013

Borussia 4x1 Real Madrid

por Lucas Ribeiro

Borussia 4x1 Real Madrid. Isso mesmo. Os alemães, na semifinal restante nesta temporada da Champions League, empreenderam mais um chocolate diante dos espanhóis. Os antes favoritos, tudo indica, devem ficar no caminho. Enquanto isso, o futebol germânico, apesar ainda do favoritismo da Fúria em conquistar o bicampeonato mundial no Brasil, com uma geração jovem, vai dando indícios de que dificilmente será batida pelo menos a partir de 2018. 

Os jovens Götze, Gundogan e Reus são um trio taticamente impecável. O primeiro, já negociado com o rival Bayern de Munique, pela bagatela de 38 milhões de euros, e acusado, por isso, de "Judas", deve, depois da atuação de hoje, refazer as pazes com o torcedor da Vesfália. Mas, além do mais, do comprometimento tático do campeão europeu de 1997, destaquemos Lewandowski. O polonês, este, para sorte dos rivais, joga numa seleção mais frágil., tem um poder de finalização impressionante. 

Hoje não há, no mundo, centroavante mais letal. O camisa 9 do Dortmund alia o poder de finalização de um Batistuta, a força física de um Adriano e a habilidade de um Suker. Só na inauguração das semifinais fez quatro e foi, dessa forma, determinante para deixar sua equipe com um pé e meio na final, a ser disputada no histórico Estádio de Wembley, em Londres. 

Acima de tudo, falemos também do trabalho do promissor Jürgen Klopp. Depois de um planejamento inciado em 2010, com a intenção de devolver o clube às glórias, o treinador foi o grande responsável, de maneira cirúrgica, de pincelar as jovens promessas e de, aos poucos, fazê-las atuar de maneira impecável.  A última vez que a torcida do Borussia foi tão feliz foi há 16 anos, quando um timaço liderado por Möeller e Júlio César bateu a Juve, na final da UCL, e o Cruzeiro, no Interclubes, e levantou, por conseguinte, além do continente, o mundo. Para Klopp, pelo trabalho, uma derrota na final já igualaria. Ao menos, já serviria para levantar novamente a autoestima do clube. E, num nível internacional, mais uma vez, para provar que os alemães podem ser a grande pedra no sapato dos espanhóis...


DESTAQUES

POSITIVOS

Lewandowski (Borussia): Definiu, com seus 4 gols, o jogo. Simplesmente letal.

Götze (Borussia): além de habilidoso, também é uma "formiguinha". É um operário, não para por um segundo. Aos 20 anos, tem tudo para se tornar um dos grandes craques da História do futebol mundial.

NEGATIVOS

Cristiano Ronaldo (Real Madrid): fez o gol merengue, mas, apagado, não conseguiu incomodar a bem postada defesa germânica.

José Mourinho (Real Madrid): A partida de hoje deve enterrar o trabalho tão cercado de expectativas quando desembarcou no clube, em 2010. Amparado por milhões de euros, e consequentemente por craques como Cristiano Ronaldo, Kaká, Xabi Alonso, Khedira, Di María e cia., fracassou. Isso, contudo, não significa que Mou ainda não é um grande técnico.

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