quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A vergonha de Oruro

por Lucas Ribeiro

Futebol é alegria. É o que pelo menos pensam os torcedores comuns, como eu e você, que compramos camisas, caras, por sinal, que, contra todas as adversidades de transporte público, de trânsito, de acesso, vamos aos estádios torcer por nossos ídolos e, principalmente, por nossos times de coração. Sempre tive minhas reticências em relação a torcidas organizadas. Um episódio que, aliás, marcou muito minha infância foi após um São Paulo x Palmeiras, numa competição de juniores, uma briga promovida por "torcedores" de ambas as equipes, que invadiram o estádio do Pacaembu e promoveram uma verdadeira selvageria num dos templos sagrados do futebol nacional. 

Depois disso, reforçando, o então promotor Fernando Capez deu início a uma verdadeira moralização no futebol (ou que, pelo menos, prometia uma). Cadastrar todos os organizados e tentar controlar criminosos, foragidos, devedores da justiça de se penetrarem nelas e tentar manter apenas o espetáculo vivo nos gramados. Acontece que, quase vinte anos mais tarde, agora no exterior, uma organizada volta a envergonhar os brasileiros. E não tentemos ver isso de um foco clubístico, de afirmar que isso só aconteceu porque eram corintianos.

Não. Neguemos isso. O momento é de analisar não o Corinthians, tão clube quanto seus rivais, rivais estes que muitas vezes fazem vista grossa à ação dos uniformizados, dando a possibilidade de eles agirem livremente nas suas estruturas. Rivais estes que geralmente sustentam viagens, até para o exterior, desses silvícolas que, ainda por cima, envergonham o Brasil além-fronteiras. 

Temos que urgentemente banir a animalidade, a irracionalidade que tantos trazem ao nosso esporte favorito e a tantas dores que levam a famílias que veem seus filhos irem a campos de futebol com o intuito da diversão e voltarem para casa dentro de caixões. Os ingleses resolveram o problema. Por que não podemos? BASTA!

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