quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Atlético-MG 2 x 1 São Paulo - Análise

por Lucas Ribeiro

Ontem, Atlético Mineiro e São Paulo iniciaram a fase de grupos envolvendo times brasileiros em alto nível. Confronto recheado de pentacampeões mundiais em 2002 (Ronaldinho e Gilberto Silva, no banco, pelos mineiros e Rogério Ceni e Lúcio pelos paulistas), o jogo começou pegado. A marcação do Galo, eficiente, conseguiu, desde o início, anular as infiltrações ofensivas do Tricolor. Jádson, o responsável por municiar o ataque, foi acossado pessoalmente por Pierre, fator que impossibilitou que as ações ofensivas são-paulinas fossem mais eficientes. 

No ritmo em que a partida se iniciou, o primeiro gol não tardaria a sair. Aos 12 minutos, depois de falha de Rhodolfo, que, infantilmente, parecia desconhecer a não-existência de impedimento após arremessos laterais, Ronaldinho recebeu de Marcos Rocha e, com um inteligente passe, municiou Jô, que colocou a bola nas redes, com a contribuição de um desvio de Lúcio. Os belo-horizontinos, assim, tomaram conta de um jogo que, pelas circunstâncias, lhe era favorável desde o apito primeiro do árbitro. 

O jovem Bernard, apostando na velocidade, e Diego Tardelli, que, mesmo ainda sem ritmo adequado, foi um dos vértices do falso 4-2-3-1 de Cuca, deram trabalho à defesa adversária. Contudo, os experientes Lúcio, se dando melhor em quase todos os embates que teve contra a jovem revelação atleticana, repetindo seu bom desempenho individual contra Neymar, na derrota tricolor diante do rival Santos, e Rogério Ceni, com defesas valiosas, impediram a ampliação do placar. 

Para o segundo tempo, o São Paulo voltaria melhor a campo. O ágil Osvaldo, mais ligado, era soberano no confronto com Marcos Rocha, lateral quase que unicamente ofensivo, e era quem dava mais trabalho ao goleiro Victor, que fez uma impecável etapa derradeira, tendo salvado chutes com endereço certo de Luís Fabiano (na sua única participação capital durante os 90 minutos) e Aloísio. 

E, por falar no ex-atacante do Figueirense, foi ele quem entrou e, definitivamente, deu mais vida à equipe tricolor. Apesar de tido como um substituto de LF, por ter sempre jogado mais como homem de referência, Aloísio vem demonstrando, sim, que pode ser o nome ideal para cobrir a lacuna deixada por Lucas. Caindo pela direita, encostava em Jádson para receber bolas e, então, partia em velocidade contra a defesa mineira. Tanto que numa jogada à "Touro Bandido" (como era conhecido pela torcida catarinense) anotou, aos 37, o gol visitante. O problema é que, 10 minutos antes, com Réver, o Atlético já havia feito o segundo gol e praticamente decretado a sua vitória. 

Outra decepção da partida foi Ganso. O ex-santista, que ainda não conseguiu imprimir seu ritmo no novo clube, apesar de, no último minuto, quase ter colocado água no chope do Galo, não deu a dinâmica que se esperava dele. Ao substituir o inoperante Jádson, fez apenas uma bola jogada, quando, num lançamento, serviu bem Osvaldo na esquerda. 

Desse modo, o Atlético lidera o grupo com três pontos, pontos estes fundamentais num grupo que, com o duro Arsenal de Sarandí e com os nativos da altitude The Strongest, vai ser osso duro de roer a ambos os brasileiros. O São Paulo, por sua vez, com duas partidas consecutivas no Morumbi, e contra os dois estrangeiros, tenta se recuperar da derrota e principalmente da má atuação em Belo Horizonte. 

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