domingo, 17 de fevereiro de 2013

Agora vai, Ganso?

por Lucas Ribeiro

Ontem, sábado de noite, São Paulo e Ituano faziam um jogo complicado para o mandante, no Morumbi. Após ter ficado duas vezes na frente do placar, o tricampeão mundial passava por apuros contra o Galo da Japi, que conseguia, com eficiência, neutralizar as suas melhores oportunidades. No último terço do jogo, no entanto, Ney Franco apostou em Ganso. 

O camisa 8, depois de discretas atuações neste ano, destacavelmente nas derrotas diante do seu ex-clube, Santos, na Vila Belmiro, e do Atlético-MG, em Belo Horizonte, pela estreia da Libertadores, justamente os mais difíceis até agora na temporada, seria capaz de recuperar o moral do time, que, se empatasse, acumularia mais um resultado insatisfatório na temporada? 

Contudo, Ganso, ao entrar ligado, marcou, aos 40, o gol que salvou o Soberano de mais um resultado ruim e que, ainda por cima, foi capaz de colocá-lo, com um jogo a menos que a líder Ponte Preta e o vice-líder Mogi Mirim, em quarto lugar na tabela da competição. O 3 a 2 foi construído num jogo onde o São Paulo esteve longe do ideal, mas, como ficará 15 dias longe da principal competição sul-americana, vencer significa elevar a confiança do elenco, que, na volta, em dois jogos em casa diante de The Strongest e Arsenal, deve arrancar e, nesses, obter 100% de aproveitamento de pontos.

Mais ou menos como foi falado ontem na Rádio Globo, logo após o final do embate, Ganso deve se esforçar não para jogar no mínimo de sua capacidade, mas, ao contrário, no máximo. E, tentando parafrasear Rogério Ceni, entrevistado assim que o jogo se encerrou, um clube como o São  Paulo não investiria o que investiu (8 milhões de euros) num jogador que não tivesse qualidade. 

Quem sabe depois desse gol e com a possibilidade de começar jogando contra o São Caetano Ganso não conquiste de vez a confiança que falta a ele na nova casa? Com paciência - e o exemplo dado pelo presidente Juvenal Juvêncio, que o comparou a Careca, que também passou pelas mesmas dificuldades no seu início de São Paulo, veio a calhar - ele deve brilhar. Potencial, afinal, seguindo o raciocínio do ídolo-mor das últimas gerações tricolores, Ganso tem. 

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