sexta-feira, 1 de março de 2013

São Paulo 2x1 The Strongest-BOL - Análise

por Lucas Ribeiro

Na noite de ontem, no Morumbi, o São Paulo tinha um jogo-chave para manter viva as suas pretensões na presente edição da Libertadores. Depois da derrota, o Tricolor enfrentaria os bolivianos do The Strongest, um adversário teoricamente ideal para que uma vitória fosse concretizada. Porém, a facilidade ficou de fato apenas na teoria. Entrando em campo no 4-3-3, com Rogério Ceni; Douglas, Lúcio, Tolói e Cortez; Wellington, Denílson e Jádson; Osvaldo, Fabuloso e Aloísio, os paulistas enfrentaram um equipe jogando fechadinha no 4-4-2, treinada por Eduardo Villegas e com Vaca; Bejarano, Mendez, Barrera e Torrico; Vaizaga, Soliz, Chumacero e Cristaldo; Escobar e Reina. Veja abaixo os desenhos táticos:



Apesar de ter enfrentado um rochedo defensivo, desde o primeiro minuto do primeiro tempo o São Paulo esteve aquém do que poderia render. O trio de atacantes, principalmente Luís Fabiano e à exceção de Osvaldo, um verdadeiro pulmão humano, não buscava espaços, enquanto Jádson e destacavelmente Cortez faziam uma exibição abaixo da média. 

Por volta dos 18, o árbitro Enrique Cáceres ainda ignorou um pênalti sofrido pelo camisa 17, que, depois de driblar um marcador, foi acintosamente derrubado. Aos 21, contrariando toda e qualquer lógica, após um escanteio, Barrera abriu o placar aos visitantes. Com a vantagem no jogo, algo que desacreditou até os próprios bolivianos, o Strongest, como é natural, se retraiu ainda mais, fator que dificultaria ainda mais o jogo leve dos dianteiros tricolores. 

Dessa forma, quase sem preocupações defensivas, o São Paulo se lançou ao ataque. Longe da efetividade ideal, o gol demoraria a sair: Aos 43, depois de boa jogada de Aloísio pela direita, a bola foi cruzada para Osvaldo, que viu o goleiro Vaca entrar, literalmente, "com bola e tudo" no gol. Tal triunfo, porém, foi necessário para que os anfitriões voltassem mais tranquilos à segunda etapa. Acompanhe, novamente abaixo, a disposição defensiva boliviana no momento do segundo tento da partida: 


É possível observar acima, além da linha de ataque tricolor (em vermelho), a disposição quase intocável da defesa boliviana (em amarelo)

À etapa derradeira, o São Paulo, ainda mais soberano com relação à posse de bola, ainda apresentava um jogo abaixo das expectativas. Sofria demasiadamente com o esquema armado por Villegas, no qual era possível observar a última linha de dois homens ficar limitada quase ao avanço até o meio-campo. O time só foi acordar a partir dos 15, quando, depois de nova boa jogada de Aloísio pelo flanco destro, Jádson acertou o travessão. 

As entradas de Cañete, no lugar do muito provavelmente exaurido camisa 19, e Ganso, que substituiu Denílson, em um jogo no qual dois volantes eram desnecessários, mantiveram os donos da casa atentos. Tão atentos que, aos 34, se aproveitando de um cochilo defensivo boliviano, o camisa 8, em posição legal, recebeu e, esperando a saída do arqueiro Vaga, tocou para o Fabuloso decretar a vitória. 

Com o Morumbi em êxtase, o embate se tornou complicado, agora, ao Strongest, que se preparara a apenas jogar defensivamente. Apesar de ter ganho o campo de ataque e de, após duas bolas paradas, ter assustado os são-paulinos, o confronto se definiu em favor dos anfitriões.

Com três pontos, o Tricolor encosta no próprio clube boliviano na classificação do grupo e, contra o Arsenal, da Argentina, em casa, tenta manter a meta de 100% de aproveitamento em casa pela Libertadores antes de partir para La Paz. 


DESTAQUES


BOLA CHEIA


Osvaldo (São Paulo): extremamente eficiente. Não se cansa e ainda cai pelos dois lados. 

Ganso (São Paulo): entrou e, após uma jogada inteligentíssima, serviu o gol a Luis Fabiano. Aos poucos, vem mostrando que pode voltar ser o Ganso dos tempos de Santos. 


BOLA MURCHA


Enrique Cáceres: não anotou um pênalti claro em Osvaldo, pênalti este que poderia ter definido a partida em favor do São Paulo com muito mais tranquilidade.

Defesa são-paulina: Lúcio e Tolói não se encaixaram legal e, a despeito do pouco trabalho, deram demasiados espaços aos bolivianos, quando estes avançavam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário