sexta-feira, 24 de agosto de 2012

E eis o segundo turno...

por Lucas Ribeiro

Falta uma rodada para o fim do primeiro turno, mas todos nós já sabemos seu campeão: o Atlético Mineiro, que mesmo com um jogo a menos que o segundo colocado, Fluminense, tem, 42, três pontos a mais que este, 39. Contudo, apesar de estar brilhando num campeonato cada vez mais equilibrado (desde 2007, afinal, quando o São Paulo ganhou a competição com algumas rodadas de antecedência, o Brasileirão tem sido decidido nas suas últimas rodadas), questão já abordada no presente blog, não ponho minha mão no fogo pelo Galo: devo ser sempre cético, como manda o bom senso, com relação a uma equipe dirigida por Cuca, que tem Ronaldinho Gaúcho como estrela e que não ganha tal competição há precisos 41 anos. 

O Flu, por sua vez, ainda é, para o autor, o time mais encorpado, e logo com as melhores condições de brigar pelo título do certame até o fim. O time das Laranjeiras tem um elenco de primeira (Diego Cavalieri, Carlinhos, Deco, Jean, Rafael Sóbis, Thiago Neves e Fred), boa reposição (Wágner, Wellington Nem, Diguinho e o jovem Samuel, só para citar alguns exemplos) e um treinador competitivo (Abel Braga). Aposto, como em 2010, que o troféu deverá enfeitar a sala de conquistas tricolor por doze meses. 

Gostaria também de destacar o Grêmio, que deverá correr por fora. Os gaúchos têm presenciado, depois de bons anos, o bom trabalho executado pelo (novamente) competente Wanderley Luxemburgo, que armou sua nova equipe num organizado 4-4-2, e que tem dependido das boas fases dos experientes Gilberto Silva, que voltou à zaga, função que o ex-jogador do Arsenal não executava desde antes do pentacampeonato mundial, em 2002, Elano, Zé Roberto, Kléber Gladiador e, principalmente, Marcelo Moreno, convertido na principal referência ofensiva gremista. Destaque aos importantes pontos arrancados fora de casa contra Botafogo, por 1 a 0, na estreia de Seedorf, e São Paulo, 2 a 1, conseguida no último minuto, equipes estas que à altura podiam se tornar rivais diretos na luta pelo topo da tabela. 

O Vasco, atual terceiro colocado, creio que perderá forças ao longo do segundo turno. As perdas de Fágner e Diego Souza, negociados respectivamente com a Alemanha e a Arábia Saudita, farão diferença ao time de Cristóvão Borges, agora, depois das baixas, ainda mais dependente dos instáveis Carlos Alberto e Alecsandro e do fraco Éder Luiz. Nem o cracaço Dedé e a boa fase de Juninho Pernambucano serão suficientes para sustentar os cruz-maltinos na disputa pelo título. Poderá ao menos abocanhar uma vaga para a Libertadores-13. 

Dentre diversas perguntas (será que o argentino Cañete é bom jogador e será útil ao mediano São Paulo? E Seedorf, fará história no Fogão?), contudo, a maior a ser respondida é: Liédson e, claro, Adriano farão a diferença para o Flamengo, ou é agora, com a chegada da dupla, que o rubro-negro verá a Série B cada vez mais no seu encalço? Os ex-corintianos chegam com pouco crédito, pelos problemas dentro e fora de campo, mas são ídolos de um passado recente do clube. 

Liédson, em 2002, projetou nacionalmente sua carreira ao ser o goleador de um dos piores elencos da história flamenguista e de, com isso, ter sido vital para a permanência do clube na Série A do ano seguinte. Adriano, em 2009, com o apoio da torcida, foi fundamental para o Mengão levantar seu sexto campeonato nacional. O primeiro desembarca na Gávea questionado exclusivamente pelo seu desempenho físico, que o impediu de ter participação ativa na conquista corintiana da Libertadores; o segundo, entretanto, deverá ser monitorado também fora das quatro linhas, já que em São Paulo, além do peso elevado, gerou problemas disciplinares. 

Apesar do bom primeiro passo dado com a contratação de Dorival Júnior para a função de técnico, acho que a nação rubro-negra, somando-se a pouca qualidade do elenco aos constantes problemas de bastidores causados por Patrícia Amorim e seus contratados, isso sem falar na minha pouca esperança em ver o Imperador "regenerado", não deverá ver no seu horizonte um outro 2009, mas algo mais perto de 2002. Contudo, não vou acertar todas essas previsões e, como já várias vezes ocorreu, devo também queimar minha língua. Por isso, quem viver, verá!

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