domingo, 5 de agosto de 2012

São Paulo 1 x 0 Sport - Análise

por Lucas Ribeiro

Depois de duas boas vitórias (4 a 1 diante do Flamengo, no Morumbi, e 2 a 0 frente ao Bahia, no estádio de Pituaçu, em Salvador), o São Paulo voltou a campo, mais especificamente em seus domínios, diante do Sport Recife, tentando consolidar uma boa fase, e consequentemente espantar os maus agouros que vinham empacando os trabalhos no clube. Ney Franco, novamente, optou pelo 3-5-2 e, sem o contundido Luís Fabiano, lançou o criticado Willian José como centroavante. Vágner Mancini, técnico do Leão, por sua vez, foi num 4-2-2-1-1. Siga abaixo ambas as escalações:


Com sua superioridade técnica, o tricolor logo tomou conta das ações ofensivas. Os defensores João Filipe e Rafael Tolói, inspirados, subiram bastante ao ataque na primeira etapa, tentando corrigir algumas inoperâncias de Jádson, que mais uma vez realizou uma partida aquém do esperado. As duas chances claras de gol do tricolor, no entanto, foram neutralizadas pelo goleiro Magrão, a primeira de Willian José e a segunda de Ademilson, com ambos chutando em cima do arqueiro. 

O Sport, bem armado por Mancini, se arriscou pouco, à exceção de alguns bom chutes executados pelo meia Willians, jogador que teve passagem apagada pelo Palmeiras. No segundo tempo, a torcida presente no Morumbi deixou clara sua reprovação por WJ. O ex-atacante do já extinto Grêmio Prudente hoje fez jus ao seu apelido, "cone". Responsável por não apresentar perigo à meta recifense, deixou o gramado vaiado e substituído por Cícero.

O camisa 16, apesar de também não gozar de boa reputação junto aos são-paulinos, condição fortalecida depois de sua péssima atuação na semifinal da Copa do Brasil, quando a equipe foi eliminada pelo Coritiba, e de ter jogado improvisado, deu maior eficiência às ações ofensivas. Não à toa o gol saiu depois de uma jogada sua, rebatida no goleiro do Sport e sobrada para o jovem Ademilson, que finalizou e, aos 30 minutos, tornou a partida mais segura aos mandantes. 

O auxiliar Marcio Eustáquio Sousa Santiago, no entanto, aos 27, portanto antes do tento que permitiu três pontos ao São Paulo, havia erroneamente anulado um gol do camisa 29, que, ao contrário do assinalado, estava em posição regular. A torcida da casa, empolgada pela proximidade de mais uma vitória, passou a jogar junto com o time, o que dificultou toda e qualquer reação dos visitantes, já posicionados em campo bem compactados, com o intuito de levar um ponto na bagagem. Nem as entradas dos ex-são-paulinos Hugo e Edcarlos, em lugares respectivamente de Willians e Marquinhos Gabriel, que transformaram os nordestinos num espelho do 3-5-2 de Franco, puderam evitar a derrota. 

Com o triunfo, os paulistas atingem a sexta colocação, com 25 pontos, e agora, mais do que nunca, passam a sonhar com maior concretude com a Libertadores (e até com a possibilidade de brigar até o fim do campeonato pelo título). O Sport, no entanto, estacionou na 14º posição e, dependendo dos resultados de Náutico e Santos, pode dormir na 16º, a última antes do Z-4. Apesar de concorrentes de menor qualidade, o sinal amarelo já ficaria aceso na Ilha da Retiro.


DESTAQUES


BOLA CHEIA

Ademilson (São Paulo): Com 18 anos, vem provando que tem estrela. Sempre bem posicionado e na hora e no lugar certos. 

Tolói (São Paulo): Foi um monstro. Não deu colher de chá ao ataque rubro-negro. Bela aposta da Série B, provando que, com menos dinheiro, é possível conseguir contratações boas na divisão de acesso do futebol brasileiro.

Denílson (São Paulo): Mais uma vez um "deus da raça" tricolor, diferentemente daquele do segundo semestre de 2011, quando contraía expulsões inocentes. 

Magrão (Sport): Se não fosse ele, o São Paulo teria feito pelo menos 3 a 0. Simplesmente impediu um placar mais elástico por parte do tricolor.


BOLA MURCHA

Willian José (São Paulo): É esforçado, tenta os espaços, mas é grosso. Nunca vai ser um substituto à altura de LF. Até as voltas de Lucas, da seleção, de Osvaldo e do Fabuloso, de contusão, Ney Franco deveria apostar em um ataque formado por Ademilson e Cícero. 

Jádson (São Paulo): Mais uma vez se escondeu. E mais uma vez, pra variar!, aparece no Bola Murcha.  

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