quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Corinthians 1x0 Al-Ahly - Análise

por Lucas Ribeiro

O Corinthians, hoje, ganhou e avançou à final do Mundial de Clubes. Contra o campeão africano? Sim. Vitória previsível? Sim. Fácil? Dessa vez, não. Entrando no seu 4-2-3-1 clássico, com Cássio; Alessandro, Chicão, Paulo André e Fábio Santos; Ralf e Paulinho; Sheik, Douglas e Danilo; Guerreiro, Tite sofreu ao se encolher demais contra os egípcios, que, apesar da pouca técnica, não se mostraram bobos (assim como a seleção daquele país, que costuma engrossar em alguns jogos contra os selecionados de primeiro escalão). 

No começo, o Al-Ahly teve a paciência de esperar os brasileiros. Retraídos, faziam o Corinthians tentar buscar os espaços. O nervosismo, pelo menos até os primeiros 20 minutos de jogo, impediu o alvinegro de encaixar um jogo mais consistente. A partir daí, o favorito à vaga na final melhorou: com Guerrero buscando os espaços, ao sair da área, e as infiltrações de Paulinho, o time conseguiu gradativo crescimento nos dez minutos seguintes, momento em que o gol sairia, depois de um cruzamento executado por Douglas e uma cabeçada, meio atrapalhada, do peruano. 

Depois da concretização da vantagem, contudo, o Corinthians passou a encolher. Surpreendentemente, o final do primeiro tempo não teve um domínio expressivo dos paulistas (apesar dos 66% de posse de bola), que se beneficiavam, entretanto, da falta de qualidade do seu adversário. Mesmo assim, o gol se traduziu numa diferença fundamental para o intervalo e, consequentemente, à volta do intervalo.

No segundo tempo, Tite, lançando mão da sua já tradicional mentalidade que resultou no título sul-americano, forçou o Corinthians ainda mais à defesa. O time se compactaria ainda mais e daria possibilidades para que os egípcios arriscassem. A partir dos 20 minutos, o Al-Ahly, por sua vez, instalaria uma blitz na metade corintiana do gramado. Novamente, a condição técnica faria a diferença: apesar da vontade, as trocas de passes, muitas vezes afobadas, e as poucas penetrações na área brasileira auxiliariam a manutenção do resultado.

Sofrimento, porém, ingrediente que os corintianos adoram, não faltou. E, assim, portanto, com um mísero 1 a 0, o time chega à sua primeira (esse não é o momento para discutir tal questão) final de Mundial de Clubes, ficando à espera do vencedor do confronto entre o favorito Chelsea, da Inglaterra, e Monterrey, do México. 

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