por André Gobi
O futebol europeu tem um novo
rei. É o Bayern de Munique. Depois de vencer o Borussia Dortmund no último
sábado, 25/05, o time bávaro garantiu o seu quinto título da Uefa Champions
League, jogando no belíssimo estádio Wembley, em Londres.
O jogo foi uma das melhores
finais da Champios das últimas edições, com chances para as duas equipas. Os
goleiros foram sensacionais. Neuer (Bayern) e Weidenfeller (Dortmund) foram
muito acionados durante a partida e mostraram os grandes arqueiros que são.
Defesas importantes e difíceis ao longo de todo jogo poderiam garantir o título
de melhor da partida para qualquer um dos dois, talvez, com maior mérito no
final a Neuer, por ter saído vitorioso e levado apenas um gol no jogo.
No entanto, a estrela da noite
estava reservada para outro jogador, para o holandês Arjen Robben. O jogador
que carregava a fama de não ser um jogador de decisões, de sempre falhar nos
momentos decisivos (vide Copa do Mundo de 2010 e final da mesma Champions na
temporada 2011/2012) parecia que, novamente, faria um jogo aquém do esperado.
Perdia boas chances de gol, pecando pelo preciosismo ou falta de capricho nos
lances capitais.
Mas Robben não merecia passar por
isso outra vez, não depois do que jogou durante toda a temporada. E aos 15
minutos da etapa final, deu passe para Mandzukic abrir o placar, após bela
jogada do francês Ribéry. O Dortmund que havia sido melhor no primeiro tempo
precisaria correr atrás do gol. E ele veio 7 minutos depois, após zagueiro
brasileiro Dante cometer um pênalti grosso em Reus. Gundogan cobrou e empatou a
partida. O jogo era de tirar o fôlego.
O Bayern se mostrava melhor
durante toda a segunda etapa, e aos 44 minutos, ele, Robben, tão criticado por
todos (até e, principalmente, pela própria torcida bávara) teve seu momento de
glória e redenção. Depois de outra boa jogada de Ribéry, Robben tocou na saída
de ótimo Weidenfeller e colocou números finais no jogo, com direito a desabafo
e emoção do herói. E com toda justiça.
O Borussia é um ótimo time, com
um ótimo treinador e uma torcida linda que faz a diferença. Caiu em pé. Alguém
sairia derrotado na final e, no geral, apesar de ser uma equipe muito forte, é
inferior ao Bayern. Está no caminho certo, não foi uma temporada com
conquistas, mas mesmo assim foi positiva, apresentando um futebol envolvente e
muito forte.
A trajetória do título do Bayern
começou há mais ou menos um ano atrás, na dramática noite na Allianz Arena,
quando em casa, perdeu o título para o Chelsea. Contratou algumas peças e
manteve as principais. Com Neuer, Lahm, Schweinsteiger, Ribéry, Robben e,
claro, o técnico Jupp Heynckes, o Bayern foi o melhor time da competição. Após
aplicar um sonoro 7 a 0 no Barcelona, seria injusto não levar a taça. Não deu
chances para o azar, atropelou sempre que teve a oportunidade para não correr
riscos.
Ainda vale comentar a linda festa de abertura, remontando aos tempos medievais, encenando uma batalha. Embora sempre haja confusão entre torcidas, as mesmas (dentro do estádio) fizeram uma linda festa, principalmente a “muralha amarela” de Dortmund. O que esses fãs fazem é uma demonstração de amor pelo time rara de se ver. A final foi digna do seu tamanho. As duas equipes buscaram vencer e causaram deleite aos apaixonados por este esporte. Agora, resta aguardar a próxima temporada começar. Que venha logo!
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