domingo, 26 de maio de 2013

Gigante Bayern

por André Gobi

O futebol europeu tem um novo rei. É o Bayern de Munique. Depois de vencer o Borussia Dortmund no último sábado, 25/05, o time bávaro garantiu o seu quinto título da Uefa Champions League, jogando no belíssimo estádio Wembley, em Londres.

O jogo foi uma das melhores finais da Champios das últimas edições, com chances para as duas equipas. Os goleiros foram sensacionais. Neuer (Bayern) e Weidenfeller (Dortmund) foram muito acionados durante a partida e mostraram os grandes arqueiros que são. Defesas importantes e difíceis ao longo de todo jogo poderiam garantir o título de melhor da partida para qualquer um dos dois, talvez, com maior mérito no final a Neuer, por ter saído vitorioso e levado apenas um gol no jogo.

No entanto, a estrela da noite estava reservada para outro jogador, para o holandês Arjen Robben. O jogador que carregava a fama de não ser um jogador de decisões, de sempre falhar nos momentos decisivos (vide Copa do Mundo de 2010 e final da mesma Champions na temporada 2011/2012) parecia que, novamente, faria um jogo aquém do esperado. Perdia boas chances de gol, pecando pelo preciosismo ou falta de capricho nos lances capitais.

Mas Robben não merecia passar por isso outra vez, não depois do que jogou durante toda a temporada. E aos 15 minutos da etapa final, deu passe para Mandzukic abrir o placar, após bela jogada do francês Ribéry. O Dortmund que havia sido melhor no primeiro tempo precisaria correr atrás do gol. E ele veio 7 minutos depois, após zagueiro brasileiro Dante cometer um pênalti grosso em Reus. Gundogan cobrou e empatou a partida. O jogo era de tirar o fôlego.

O Bayern se mostrava melhor durante toda a segunda etapa, e aos 44 minutos, ele, Robben, tão criticado por todos (até e, principalmente, pela própria torcida bávara) teve seu momento de glória e redenção. Depois de outra boa jogada de Ribéry, Robben tocou na saída de ótimo Weidenfeller e colocou números finais no jogo, com direito a desabafo e emoção do herói. E com toda justiça.

O Borussia é um ótimo time, com um ótimo treinador e uma torcida linda que faz a diferença. Caiu em pé. Alguém sairia derrotado na final e, no geral, apesar de ser uma equipe muito forte, é inferior ao Bayern. Está no caminho certo, não foi uma temporada com conquistas, mas mesmo assim foi positiva, apresentando um futebol envolvente e muito forte.

A trajetória do título do Bayern começou há mais ou menos um ano atrás, na dramática noite na Allianz Arena, quando em casa, perdeu o título para o Chelsea. Contratou algumas peças e manteve as principais. Com Neuer, Lahm, Schweinsteiger, Ribéry, Robben e, claro, o técnico Jupp Heynckes, o Bayern foi o melhor time da competição. Após aplicar um sonoro 7 a 0 no Barcelona, seria injusto não levar a taça. Não deu chances para o azar, atropelou sempre que teve a oportunidade para não correr riscos.

Ainda vale comentar a linda festa de abertura, remontando aos tempos medievais, encenando uma batalha. Embora sempre haja confusão entre torcidas, as mesmas (dentro do estádio) fizeram uma linda festa, principalmente a “muralha amarela” de Dortmund. O que esses fãs fazem é uma demonstração de amor pelo time rara de se ver. A final foi digna do seu tamanho. As duas equipes buscaram vencer e causaram deleite aos apaixonados por este esporte. Agora, resta aguardar a próxima temporada começar. Que venha logo!

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