terça-feira, 28 de maio de 2013

O pós-Neymar

por Lucas Ribeiro

Neymar fez, neste domingo, seu último jogo com a camisa do Santos, no empate insosso diante do Flamengo, em Brasília. O Peixe, assim, acaba com dois saldos, positivos, por sinal: o dos títulos, principalmente o tri da Libertadores, competição a qual o clube não levantava havia 48 anos, e o dos €28 milhões que o clube tem direito por ser proprietário de 55% dos direitos da Joia.

Dessa modo, fica a dúvida: qual será o legado de Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, mandatário alvinegro, na era pós-Neymar? Se Marcelo Teixeira, seu antecessor, se perdeu um pouco no comando do time depois da venda de Robinho, LAOR será capaz de montar times de alto nível para que o Santos continue competitivo?

A crítica é a de que o time de 2013, apesar de vice-campeão paulista, é o mais fraco desde 2010, quando oficialmente foi inaugurada a era então vigente antes da saída do camisa 11. Apesar da chegada de Montillo e das manutenções de Rafael, Arouca e Léo, o time ainda patina e não encontrou a estabilidade ideal. Alguns reforços, como André, já no Vasco, e Guilherme, lateral que brilhou no Figueirense, não vingaram, mas, em contrapartida, outros, como Renê Júnior e Cícero, vêm demonstrando um potencial além do esperado. A saída de outras estrelas da companhia, como Ganso e Elano, também corroboram com a possbilidade de o Santos sentir ainda mais a falta do craque.


Com o dinheiro, é possível que Robinho retorne à Baixada Santista. Mas, pelo que vem jogando no Milan (ou melhor, pelo que não vem jogando), seria o Rei das Pedaladas um nome substancial para substituir Neymar? Na sua breve segunda passagem pelo Santos, em 2010, o herói do título brasileiro de 2002, apesar da má fase, se superou e demonstrou um belo futebol. Contudo, assim como a incerteza do sucesso da Joia no Barça, na Vila tudo parece assumir, a partir de agora, um ar de incógnita...

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