terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Dias melhores virão?

por Lucas Ribeiro

Ontem, Paulo Nobre, depois de acirrada disputa com o adversário Décio Perin, foi eleito, em substituição ao criticado Arnaldo Tirone, o novo presidente do Palmeiras. Jovem, 44 anos, sendo o segundo mais jovem da história do clube, o advogado e piloto de rali vai tentar, nos próximos dois anos, dar uma regularidade ao alviverde paulista, coisa distante desde os idos anos 90, mais precisamente desde 1999, quando, amparado pela Parmalat, o clube levantou sua primeira Libertadores e, ao final daquele, foi vice-campeão mundial. 

Uma das promessas do recém-empossado é transformar profissionalmente o clube. Responsável por "inocentar" Tirone, quem, para ele, apesar de ter errado, errou tentando acertar, Nobre quer levantar o moral dos palmeirenses criando o sistema de sócio-torcedor, que, há muito, já está presente no futebol brasileiro, nos clubes mais estruturados do país. Melhor momento para tal não há: o clube inaugura sua Arena, em substituição ao arcaico Palestra Itália, fator que, por si só, já seria suficiente para recuperar o ânimo dos alviverdes. 

Para que tal projeto dê certo, contudo, é necessário que haja uma antecipação de investimentos; além do novo campo, com estreia prevista para este 2013, o atual mandatário tem que ter em mente que contratar nomes de peso é fundamental, até para brigar, numa Série B, por melhores cotas televisivas. Portanto, de imediato, é obrigatória a vinda de Riquelme, com quem flerta o clube desde julho passado, quando deixou o Boca Juniors, e de quem está bem próximo desde o final de 2012. Ou seja, é primordial, para que as atenções se voltem à Rua Turiassu, que se ignore, num primeiro momento, a pesada dívida de R$293 milhões. 

A longo prazo, como bem quer Nobre, a vinda de José Carlos Brunoro seria um diferencial. Hábil dirigente, foi um dos principais articuladores do sucesso do Palmeiras nos tempos de Parmalat. Assim, com pensamentos imediatos e graduais, o Verdão pode voltar a sonhar com uma rotina de títulos. O primeiro impacto foi positivo; agora resta saber se, ao contrário de tantos outros que assumiram a (dura) tarefa de comandar o clube, o sopro de mudança com um sobrenome que nos remete à aristocracia não sentirá o peso e conseguirá, de uma vez por todas, colocar a nau no seu caminho certo. 

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