sábado, 19 de janeiro de 2013

O primeiro golpe em Marin

por Lucas Ribeiro

Ontem, depois de ser derrotado por 2 a 0 pelos peruanos, o Brasil foi eliminado do Sul-Americano Sub-20 e, consequentemente, perdeu a possibilidade de defender o título mundial. Depois de com méritos vencer a competição em 2011, contando com bom jogadores como Danilo, Alex Sandro, Fernando e Oscar (sem contar as presenças de Lucas e Neymar na fase classificatória), em 2013 o time nem sequer passou do seu grupo B.

A estrutura, por sua vez, começou a ruir em junho passado. Depois de aceitar convite para treinar o São Paulo, o então técnico Ney Franco, responsável pela montagem do elenco que ganhou tudo há dois anos, deixou um buraco; Milton Cruz, num primeiro momento, foi o cogitado para tapá-lo, porém o nome confirmado foi o de Émerson Ávila, que, como pontos positivos, teve relativo sucesso na sub-17 e nela já havia trabalhado com Ademílson e Adryan, que estavam nesta última convocação.

E, por falar em convocação, apesar dela conter nomes como o de Fred, destaque do Internacional, Felipe Ânderson, promessa do Santos, e Bruno Mendes, bom centroavante do Botafogo e que, com apenas 18 anos, fizera um bom Paulistão com o surpreendente Guarani, além dos dois citados no parágrafo anterior, creio que Ávila errou basicamente em deixar de fora, não sei se por atendimento a um possível pedido da diretoria são-paulina, de olho no título da Copa São Paulo, ou por opção do próprio treinador, um fator mais plausível, jovens que já tinham passado com sucesso pela equipe principal, tais como Lucas Farias, Henrique Miranda e João Schmidt, e, talvez por estar Europa, Lucas Piazon, agora emprestado ao Málaga, da Espanha.

Assim, o Brasil fez apresentações desastrosas. Na única vitória, inclusive, Felipe Ânderson fez, de pênalti, o gol que nos daria o 1 a 0 diante do Equador. Resta agora a José Maria Marin, o mandatário do futebol nacional, na sua ânsia de livrar a CBF de todos os resquícios administrativos de seu antecessor, Ricardo Teixeira, para instalar uma mentalidade própria, tentar recuperar o ânimo das demais categorias, destacavelmente a principal, já que o trabalho na seleção júnior foi jogado no lixo pelos próximos dois anos. E (bem) precocemente. 

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