Por Lucas Ribeiro e Luiz Carlos Silva
No
último domingo, dia 06, vinham a campo, empolgados pelas vitórias sobre rivais
nas semifinais, Guarani e Santos, para o primeiro jogo da decisão do Paulista.
Depois de uma semana onde a FPF fez valer o seu direito de mando nas finais da
competição e escolheu o Morumbi como palco dos dois jogos, preterindo o Bugre
de se encontrar com sua torcida ao menos uma vez, os times faziam a final
inédita do Paulista.
A
missão do Guarani que já era difícil, agora ficou quase impossível. O
Santos, com uma mão e meia na taça, pode fazer história de novo com o único
camisa 10 pós Pelé a se sagrar Tri Campeão estadual, o maestro P. H. Ganso.
Além disso, possui o talismã Durval no elenco, que pode se tornar Deca Campeão
estadual seguido, após levar a taça pelo Campinense na Paraíba em 2003, no Centro
Oeste brasileiro pelo Brasiliense em 2004, o Paranaense pelo Atlético em 2005,
4 títulos pelo Sport em Pernambuco - 2006, 2007, 2008 e 2009 - e o Bi
pelo Santos em 2010 e 2011. Se tudo seguir como esperado o Tri santista vem,
mas não nos esqueçamos que o imponderável do futebol adora aparecer
quando menos se espera.
O
jogo dentro das quatro linhas não deixou a desejar. O Guarani, consciente da
dificuldade que enfrentaria, postou um time muito bem armado taticamente. No
começo do jogo o Bugre, com o centroavante Bruno Mendes se incorporando à linha
dos três homens de meio-campo, marcava forte a saída de bola do Peixe e
avançava com boa troca de passes ao ataque, destacando-se o veloz
lateral-direito Bruno Peres, que ameaçava o defensivamente fraco lado esquerdo
santista. Vadão optou pelo 4-2-3-1, assim mandado a campo: Émerson, Bruno
Peres, Domingos, Neto e Bruno Recife; Éverton Páscoa e Fábio Bahia; Medina,
Danilo Sacramento e Fabinho; Bruno Mendes.
O
Santos, por sua vez, estava postado em um 4-4-2 com um meio-campo em losango.
Assim como fez contra o São Paulo, a defesa santista se fechava com uma linha
de quatro antecedente a uma outra composta por Arouca e Adriano, sendo este
ultimo o responsável por articular com o meio campo na armação de jogadas da
equipe. Embora jogasse melhor e tivesse boas chances de abrir o marcador, o
Guarani não o fez e, contra o eficaz Santos de Neymar, uma chance desperdiçada
pode ser fatal. Aos 42 do 1º tempo em uma bela jogada de Neymar, Arouca deixa a
bola malandramente para Ganso, que, sem pestanejar, deu um canudo de direita
colocando o Santos em vantagem no placar. Destaque para a participação do
camisa 10 alvinegro, que, depois de fraco início de jogo, se recuperou ao
passar a se movimentar, buscando a bola na cabeça-de-área, com Adriano, e
buscando a tabela com Elano e Arouca, que também começaram a se soltar.
Findado
o primeiro tempo, era visível a falta que Fumagalli fazia ao Guarani, revelando
a fragilidade do elenco do alviverde campineiro. A volta para o segundo tempo
não foi menos interessante. Agora tendo que reverter um placar desfavorável, o
Guarani manteve-se no ataque, mas manteve a ineficiência. Ficava cada vez mais
evidente a superioridade técnica santista, que, além do mais, mantendo a posse
de bola nos pés de seu três principais meias, controlava o jogo. O Guarani atacava,
mas errava muitos passes, sendo anulado pela boa composição defensiva do Peixe,
na qual se destacou Durval, jogando com a simplicidade que lhe é esperada.
O
meio-campo alvinegro, agora contando com a boa movimentação de seu maestro,
tocava a bola com velocidade e não falhou em marcar o segundo gol, justamente
em um contra ataque iniciado por Adriano e muito bem tabelado por Ganso, onde
após rebatida de bola dentro da área, esta sobrou para Neymar que não perdoou.
Era o 2 x 0 santista e o 103º gol da Fera. O valente Bugre não desistia, mas
também não parecia ter forças para reverter o placar. O Santos que foi sempre
superior tecnicamente, agora também dominava o jogo taticamente. Já nos
acréscimos, após um cruzamento da direita, Neymar domina, se livra do marcador
e fecha a conta: Santos 3x0 Guarani e seu 104º gol, o que o igualou a Serginho
Chulapa na artilharia alvinegra.
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