terça-feira, 8 de maio de 2012

Santos 3 x 0 Guarani - Balanço

    Por Lucas Ribeiro e Luiz Carlos Silva    
       
        
       No último domingo, dia 06, vinham a campo, empolgados pelas vitórias sobre rivais nas semifinais, Guarani e Santos, para o primeiro jogo da decisão do Paulista. Depois de uma semana onde a FPF fez valer o seu direito de mando nas finais da competição e escolheu o Morumbi como palco dos dois jogos, preterindo o Bugre de se encontrar com sua torcida ao menos uma vez, os times faziam a final inédita do Paulista.


O jogo dentro das quatro linhas não deixou a desejar. O Guarani, consciente da dificuldade que enfrentaria, postou um time muito bem armado taticamente. No começo do jogo o Bugre, com o centroavante Bruno Mendes se incorporando à linha dos três homens de meio-campo, marcava forte a saída de bola do Peixe e avançava com boa troca de passes ao ataque, destacando-se o veloz lateral-direito Bruno Peres, que ameaçava o defensivamente fraco lado esquerdo santista. Vadão optou pelo 4-2-3-1, assim mandado a campo: Émerson, Bruno Peres, Domingos, Neto e Bruno Recife; Éverton Páscoa e Fábio Bahia; Medina, Danilo Sacramento e Fabinho; Bruno Mendes.


O Santos, por sua vez, estava postado em um 4-4-2 com um meio-campo em losango. Assim como fez contra o São Paulo, a defesa santista se fechava com uma linha de quatro antecedente a uma outra composta por Arouca e Adriano, sendo este ultimo o responsável por articular com o meio campo na armação de jogadas da equipe. Embora jogasse melhor e tivesse boas chances de abrir o marcador, o Guarani não o fez e, contra o eficaz Santos de Neymar, uma chance desperdiçada pode ser fatal. Aos 42 do 1º tempo em uma bela jogada de Neymar, Arouca deixa a bola malandramente para Ganso, que, sem pestanejar, deu um canudo de direita colocando o Santos em vantagem no placar. Destaque para a participação do camisa 10 alvinegro, que, depois de fraco início de jogo, se recuperou ao passar a se movimentar, buscando a bola na cabeça-de-área, com Adriano, e buscando a tabela com Elano e Arouca, que também começaram a se soltar.


Findado o primeiro tempo, era visível a falta que Fumagalli fazia ao Guarani, revelando a fragilidade do elenco do alviverde campineiro. A volta para o segundo tempo não foi menos interessante. Agora tendo que reverter um placar desfavorável, o Guarani manteve-se no ataque, mas manteve a ineficiência. Ficava cada vez mais evidente a superioridade técnica santista, que, além do mais, mantendo a posse de bola nos pés de seu três principais meias, controlava o jogo. O Guarani atacava, mas errava muitos passes, sendo anulado pela boa composição defensiva do Peixe, na qual se destacou Durval, jogando com a simplicidade que lhe é esperada.


O meio-campo alvinegro, agora contando com a boa movimentação de seu maestro, tocava a bola com velocidade e não falhou em marcar o segundo gol, justamente em um contra ataque iniciado por Adriano e muito bem tabelado por Ganso, onde após rebatida de bola dentro da área, esta sobrou para Neymar que não perdoou. Era o 2 x 0 santista e o 103º gol da Fera. O valente Bugre não desistia, mas também não parecia ter forças para reverter o placar. O Santos que foi sempre superior tecnicamente, agora também dominava o jogo taticamente. Já nos acréscimos, após um cruzamento da direita, Neymar domina, se livra do marcador e fecha a conta: Santos 3x0 Guarani e seu 104º gol, o que o igualou a Serginho Chulapa na artilharia alvinegra.

           A missão do Guarani que já era difícil, agora ficou quase impossível. O Santos, com uma mão e meia na taça, pode fazer história de novo com o único camisa 10 pós Pelé a se sagrar Tri Campeão estadual, o maestro P. H. Ganso. Além disso, possui o talismã Durval no elenco, que pode se tornar Deca Campeão estadual seguido, após levar a taça pelo Campinense na Paraíba em 2003, no Centro Oeste brasileiro pelo Brasiliense em 2004, o Paranaense pelo Atlético em 2005, 4 títulos pelo Sport em Pernambuco - 2006, 2007, 2008 e 2009 - e o Bi pelo Santos em 2010 e 2011. Se tudo seguir como esperado o Tri santista vem, mas não nos esqueçamos que o imponderável do futebol adora aparecer quando menos se espera.      
                   

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