sábado, 12 de maio de 2012

São Paulo 3 x 1 Ponte Preta - Balanço


Por Lucas Ribeiro


Nesta quinta, o São Paulo entrou em campo contra a Ponte Preta à beira de um colapso nervoso. Depois de duas derrotas nas últimas duas partidas, sendo uma delas responsável pela eliminação do tricolor do Campeonato Paulista, o time vislumbrava com uma derrota, além da eliminação da Copa do Brasil, a entrada de cabeça numa crise, que poderia levar alguns jogadores a serem crucificados pela torcida e à consequente demissão do técnico Emerson Leão.

No 4-2-3-1, o SPFC seria assim posicionado em campo: Dênis; Douglas, Rhodolfo, Édson Silva e Cortez; Denílson e Casemiro; Lucas, Cícero e Fernandinho; Luís Fabiano. Já a Ponte, também eliminada do Paulistão por um rival, o Guarani, mas empolgada pela vitória no primeiro jogo do confronto diante da equipe paulistana, veio a campo num 4-1-4-1, o mesmo esquema responsável por parar o Corinthians em pleno Pacaembu: Bruno Fuso; Guilherme, William Magrão, Ferron e Uendel; João Paulo; Somália, Cicinho, Renato Cajá e Caio; Roger.

Nos primeiros dez minutos de jogo já foi possível captar a intenção de cada um de ambos os times: enquanto o São Paulo, precisado da vitória e apoiado pela sua torcida, foi pro tudo ou nada, a Ponte, a quem bastava um empate, segurava o jogo, na sua bem postada defesa, um dos bons trunfos da Macaca. Apesar disso, aos 12 minutos, depois de mal posicionada, a defesa são-paulina foi surpreendida por um cruzamento da esquerda, dominado e muito bem-finalizado por Somália, que abriu o placar: 1 a 0 para os campineiros.

A partir daí, o time do interior se fechou ainda mais, tencionando segurar uma classificação, já praticamente consolidada, por mais quase 80 minutos. Aberto pelos flancos, com Cortez e Fernandinho na esquerda e Lucas e Douglas na direita, o São Paulo pressionava o alvinegro como podia. Luís Fabiano, isolado na frente e bem marcado por Ferron, teve pouco espaço para jogar, tendo que, inclusive, sair da área para buscar a bola e tentar ameaçar a meta de Bruno Fuso, coisa que no primeiro tempo ele só conseguiu uma vez.

Após mais de vinte angustiantes minutos, depois de uma boa falta cobrada por Lucas, Casemiro empatou o jogo, recolocando o tricolor na partida. Logo em seguida, graças a uma trapalhada do goleiro ponte-pretano, Lucas ficou sozinho para marcar 2 a 1, e tudo que o São Paulo queria para recolocar o time, e a torcida, no jogo. Portanto, o psicológico foi revertido no final do primeiro tempo, com os donos da casa, agora apoiado pelo seu torcedor, voltando mais leves para a segunda etapa.

Nela, Leão substituiu o risível Fernandinho por Jádson, liberando definitivamente Cortez para jogar o mais aberto possível e ganhando mais capacidade de armação no miolo do meio-campo. Empolgado pelo público, o São Paulo fez excelentes 45 minutos últimos da decisão, e aos 22 o que já era previsível: após boa jogada do seu lateral-esquerdo, que cruzou para o área, Luís Fabiano fez seu 300º gol na carreira e o terceiro do time no jogo. Agora, finalmente, o são-paulino presente no Morumbi aderia ao time, o apoiando até o fim.

Acoado por sua proposta de apenas segurar o tricolor e com o técnico Gílson Kleina expulso, a Ponte acabou, no desespero, subindo e tentando um gol salvador. Porém, isso foi pouco: reagindo de uma maneira que há muito não se via, o São Paulo vira favoritíssimo ao título da Copa do Brasil, ainda inédito na sua galeria de troféus. Contudo, ainda há o Goiás e as quartas-de-final pela frente.

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