Por Lucas Ribeiro
Nesta quinta, o São Paulo entrou em
campo contra a Ponte Preta à beira de um colapso nervoso. Depois de duas derrotas
nas últimas duas partidas, sendo uma delas responsável pela eliminação do
tricolor do Campeonato Paulista, o time vislumbrava com uma derrota, além da
eliminação da Copa do Brasil, a entrada de cabeça numa crise, que poderia levar
alguns jogadores a serem crucificados pela torcida e à consequente demissão do
técnico Emerson Leão.
No 4-2-3-1, o SPFC seria assim
posicionado em campo: Dênis; Douglas, Rhodolfo, Édson Silva e Cortez; Denílson
e Casemiro; Lucas, Cícero e Fernandinho; Luís Fabiano. Já a Ponte, também
eliminada do Paulistão por um rival, o Guarani, mas empolgada pela vitória no
primeiro jogo do confronto diante da equipe paulistana, veio a campo num
4-1-4-1, o mesmo esquema responsável por parar o Corinthians em pleno Pacaembu:
Bruno Fuso; Guilherme, William Magrão, Ferron e Uendel; João Paulo; Somália, Cicinho,
Renato Cajá e Caio; Roger.
Nos primeiros dez minutos de jogo já
foi possível captar a intenção de cada um de ambos os times: enquanto o São
Paulo, precisado da vitória e apoiado pela sua torcida, foi pro tudo ou nada, a
Ponte, a quem bastava um empate, segurava o jogo, na sua bem postada defesa, um
dos bons trunfos da Macaca. Apesar disso, aos 12 minutos, depois de mal posicionada, a defesa são-paulina foi surpreendida por um cruzamento da
esquerda, dominado e muito bem-finalizado por Somália, que abriu o placar: 1 a
0 para os campineiros.
A partir daí, o time do interior se
fechou ainda mais, tencionando segurar uma classificação, já praticamente
consolidada, por mais quase 80 minutos. Aberto pelos flancos, com Cortez e
Fernandinho na esquerda e Lucas e Douglas na direita, o São Paulo pressionava o
alvinegro como podia. Luís Fabiano, isolado na frente e bem marcado por Ferron,
teve pouco espaço para jogar, tendo que, inclusive, sair da área para buscar a
bola e tentar ameaçar a meta de Bruno Fuso, coisa que no primeiro tempo ele só
conseguiu uma vez.
Após mais de vinte angustiantes minutos,
depois de uma boa falta cobrada por Lucas, Casemiro empatou o jogo, recolocando
o tricolor na partida. Logo em seguida, graças a uma trapalhada do goleiro
ponte-pretano, Lucas ficou sozinho para marcar 2 a 1, e tudo que o São Paulo
queria para recolocar o time, e a torcida, no jogo. Portanto, o psicológico foi
revertido no final do primeiro tempo, com os donos da casa, agora apoiado pelo
seu torcedor, voltando mais leves para a segunda etapa.
Nela, Leão substituiu o risível
Fernandinho por Jádson, liberando definitivamente Cortez para jogar o
mais aberto possível e ganhando mais capacidade de armação no miolo do
meio-campo. Empolgado pelo público, o São Paulo fez excelentes 45 minutos
últimos da decisão, e aos 22 o que já era previsível: após boa jogada do seu
lateral-esquerdo, que cruzou para o área, Luís Fabiano fez seu 300º gol na
carreira e o terceiro do time no jogo. Agora, finalmente, o são-paulino
presente no Morumbi aderia ao time, o apoiando até o fim.
Acoado por sua proposta de apenas
segurar o tricolor e com o técnico Gílson Kleina expulso, a Ponte acabou, no
desespero, subindo e tentando um gol salvador. Porém, isso foi pouco: reagindo de uma maneira que há muito não se via, o São Paulo vira
favoritíssimo ao título da Copa do Brasil, ainda inédito na sua galeria de
troféus. Contudo, ainda há o Goiás e as quartas-de-final pela frente.
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