por Luiz Carlos Silva
Nesta ultima quinta, dia 10, o Santos fez uma apresentação de gala na Libertadores. Precisando vencer o Bolivar-BOL, o time praiano foi pra cima e não deu chance. Postado em campo em uma formação 4-2-3-1 o Santos veio a campo com: Rafael no gol, Juan e Henrique pelas laterais esquerda e direita, respectivamente, a zaga composta por Edu Dracena e Durval, um pouco a frente se posicionavam Arouca e Adriano, mais ao ataque uma linha de três com Elano, Ganso e Neymar e no ataque, Alan Kardec. O time boliviano se armou no 4-3-3 com a seguinte escalação: Argüello guardando a meta; Rodríguez, Frontini, Valverde e Alvarez compunham a defesa, Flores, Cardozo e Campos formavam o meio campo e no ataque Lizio, Arce e Cantero.
No primeiro jogo, alvejado por laranjas arremessadas pela torcida local, Neymar prometeu que tudo aquilo teria volta. Os mais desavisados talvez pensassem num revide violento do time santista. Mas Neymar referia-se a futebol e não a pancadaria. Logo aos 5 minutos, depois do tiro de meta batido por Rafael, Neymar escora de cabeça na frente da área pra Elano, que num chute maravilhoso, cheio de efeito, abre o placar na Vila. Esse resultado já era suficiente, mas o alvinegro da baixada não joga por resultado, joga pura e simplesmente por futebol. O time do Bolivar não conseguia desenvolver suas jogadas de ataque. Aos 21 minutos, Argüello, após lambança de sua defesa, completa o mico cometendo pênalti infantil em Edu Dracena ao empurra-lo de maneira flagrante. Neymar vai para cobrança e não deixa o goleiro sair na foto: é o 2x0 santista. Seis minutos depois Ganso assina mais um gol, esse de letra, maiúscula e refinada. Neymar avança pela esquerda e cruza para o maestro que poderia tocar para Alan Kardec livrinho no meio da área, mas preferiu fazer uma pintura e ampliar a vantagem santista. Agora, sem as torcida para arremessar objetos para o campo, o Bolivar se transformava em uma presa indefesa. Com uma defesa que atuava em linha, de maneira toda desordenada, o time boliviano proporcionou a chance do quarto gol santista. Alan Kardec gira bonito um pouco a frente do meio de campo e avança com velocidade para bater no canto do goleiro: Santos 4x0 Bolivar. A partir daí, o jogo que já era bom de assistir se tornou exemplo de bom futebol. Aos 36, depois de receber passe da esquerda, Neymar fica cara a cara com o goleiro e com um toque sutil ainda fez tabelinha com o zagueiro: era o 5x0 na Vila.
O segundo tempo do jogo aguardava mais show de bola. O Santos manteve o ritmo intenso e aos 5 minutos do 2º tempo já havia feito o sexto gol: após roubada de bola no meio campo, Neymar avança pela esquerda e toca para o meio para Elano, que com um toque limpa dois marcadores e bate sem chance para Argüello. O jogo era tão intenso que dois minutos depois, em cobrança de falta, Ganso, como se tivesse colocado com a mão, faz o sétimo gol santista, vencendo os 1,87m do goleiro boliviano. A torcida já nem comemorava mais. A goleada que pelos mais diversos pontos de vista era histórica, ainda teria seu contador aumentado. Entrando no lugar de Alan Kardec, Borges rouba bola no meio em mais um erro de saída do Bolivar e toca para Neymar que mais uma vez avança pela esquerda e toca no meio da área pra Ganso, este de primeira passa para o iniciador da jogada que fecha o placar: era o gol de Borges, era o 8x0 do Santos.
O próximo confronto do Santos é o Velez Sarsfield da Argentina que é muito mais time que o Bolivar. No entanto, depois de uma apresentação como a presenciada na Vila nesta quinta, é difícil pensar num adversário que amedronte o melhor time praiano pós era Pelé. O Santos se confirma cada vez mais como favorito a Libertadores. Fica a dica para a torcida do Velez: é melhor não atirarem laranjas em Neymar, o Bolivar que o diga.
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