No jogo mais esperado das quartas-de-final da Euro, Espanha e França avançariam para saber quem, ao lado da Alemanha, continuaria sendo a favorita ao título. Vicente del Bosque, treinando um time empolgado, com duas vitórias em três jogos, apesar do discutido pênalti em Mandzukic, que poderia dar o empate à Crócia, armou o time no 4-2-3-1, no já tradicional esquema à Barça. Ei-lo abaixo:
Já os franceses, na figura do treinador Laurent Blanc, entraram precavidos. Depois de serem derrotados pela Suécia, por 2 a 0, que deu aos bleus apenas o segundo lugar do grupo, o ex-zagueiro sacou o craque Samir Nasri e apostou no lateral-direito defensivo Rèveillére, que tentaria conter o ímpeto ofensivo espanhol. Abaixo o 4-2-3-1 no qual entraram:
A Espanha, como sempre na sua proposta de jogo, foi pra cima. Com rápida troca de bolas envolvia o adversário. A entrada de um "falso" centroavante, Fàbregas, confundia ainda mais o posicionamento defensivo francês, que se via obrigado a marcar de sete a oito jogadores na sua porção de campo. O primeiro gol, concretizado aos 19 minutos de jogo, nasceu numa jogada bem típica da Fúria. Após boa jogada de Alba pela esquerda, que passou por Rèveillére, Xabi Alonso, depois de cruzamento açucarado, cabeceou sem chances para o goleirão Lloris. Acompanhe a seguir a jogada do tento:
Se aproveitando da alta movimentação do time, Xabi Alonso, aparecendo como elemento surpresa nas costas de M'Vila, ficou livre. Mesmo assim, os espanhóis mantiveram seu jogo de alta troca de passes e de muita posse de bola, com os franceses em nenhum momento do primeiro tempo conseguindo ser soberanos ofensivamente.
O segundo tempo começou e, com ele, se instalou um clima menos eletrizante. A Espanha conteve seu ritmo, e a França, ainda sem conseguir penetração e vendo o centroavante Benzema executar péssimas finalizações, não agredia com qualidade. Nem a entrada de Nasri, no lugar de Debuchy, deu mais dinâmica ao jogo francês. Foi um substituto do outro lado, Pedro, que brilharia, contudo, na consolidação da vitória espanhola: depois de passar por Rèveillére, o atacante do Barça foi derrubado e sofreu pênalti, aos 45.
Xabi Alonso, mais uma vez ele, bateu firme e fez 2 a 0. Assim, mais favorita do que nunca, por ter eliminado uma seleção também cotada ao título, a Fúria segue e enfrenta agora Portugal. A França, entretanto, no dia do 40º aniversário de Zidane decepcionou, e nem aquele que é tido como o substituto do ex-camisa 10, Nasri, conseguiu bom desempenho.
DESTAQUES DO JOGO
BOLA CHEIA
Xabi Alonso (Espanha) - Além de ter feito dois gols, foi bastante acionado no jogo e não decepcionou. Um dos melhores volantes do mundo.
Jordí Alba (Espanha) - Excelente achado. Desconhecido da grande mídia até a Euro, tem chamado a atenção por causa de suas boas atuações, destacavelmente nas suas investidas ofensivas.
BOLA MURCHA
Seleção francesa - Não conseguiu se beneficiar nem do momento em que a Espanha murchou. Hoje não era o dia dos comandados de Blanc, que, apesar de tudo, deixam boa impressão, em um um time que, depois da geração de 1998 e 2006, tenta ganhar uma estabilidade.
Benzema (França) - Péssima partida do atacante do Real Madri. Mau posicionamento, péssimas finalizações.
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