segunda-feira, 11 de junho de 2012

França 1 x 1 Inglaterra - Balanço

por Lucas Ribeiro

Em Donetsk, na Ucrânia, tivemos o jogo até então mais esperado da Euro depois de Espanha x Itália: França x Inglaterra. Desfalcados de jogadores-chave, como Lampard, que não pode ser convocado, e Rooney, suspenso por dois jogos, os ingleses entraram em campo para segurar os embalados franceses, que, liderados pelo cerebral Nasri, vinham de boas vitórias nos amistosos preparatórios. Sabendo disso, o experientíssimo técnico Roy Hodgson, que levou a Suiça à Copa de 1994, colocou o time em um 4-2-3-1 compactado, assim escalado:


Já os franceses, do treinador Laurent Blanc, foram a campo no mesmo esquema tático (4-2-3-1), mas sob uma perspectiva mais ofensiva:

Apesar disso, os ingleses tiveram boa chegada no começo de jogo, ameaçando com Milner, que, depois de passar por Lloris, perdeu um gol feito. O impetuoso início francês foi substituído por uma partida mais estudada; nenhuma das equipes, temendo se expor, se lançou demasiadamente ao ataque. O primeiro gol, por sua vez, saiu aos 29 minutos, quando, depois de falta bem cobrada por Gerrard, Lescott cabeceou sem chances de defesa.

Mesmo ainda sem ousadia ofensiva, como era esperado, a França empatou logo, aos 38, quando o craque Nasri bateu forte e tirou todas as possibilidades de Hart. A defesa inglesa, contudo, apesar de sua proposta mais retraída, falhou na hora do chute do camisa 11 do adversário. Com sete jogadores dentro da área, ninguém encostou para dar combate no meia, que se viu livre para bater. Veja na imagem:

 A partir do empate, entretanto, o panorama mudou. Os franceses, no final do primeiro tempo, capitaneados pelo mesmo Nasri, começaram a agredir e a ameaçar os ingleses, que respondiam com Oxlade-Chamberlain e Young, os responsáveis pelos contra-ataques. Na segunda etapa, o ritmo da França aumentou, com os britânicos ficando cada vez mais acoados. A velocidade de Malouda e a força de Benzema foram fatores fundamentais para que os franceses ameaçassem mais. Por outro lado, os experientes Terry e Ashley Cole, auxiliados pelos destacáveis Glen Johnson e Joe Hart, seguravam o ímpeto do oponente. 

Aos 23 minutos, Hodgson apostou em uma alteração dupla, tirando Parker e Oxlade e colocando, respectivamente, Henderson, substituto de Lampard na lista, e Defoe. A entrada do segundo tencionava colocar mais objetividade nos (poucos) momentos de ataque ingleses. Contudo, a partida manteve o 1 a 1 no marcador, que, pelo que apresentaram ambas a seleções, pareceu o resultado mais cabível. Além do mais, dentro do que apresenta o grupo, que tem como outros integrantes Suécia e Ucrânia, é provável que franceses e ingleses, além de ocuparem as duas vagas que levam às quartas-de-final, briguem pela liderança. 


DESTAQUES DO JOGO


BOLA CHEIA 

Nasri (França): Talvez a principal revelação do futebol francês nos últimos dez anos. Dribla, passa e comanda a seleção francesa, além de demonstrar a mesma qualidade no seu clube, o campeão inglês Manchester City

Hart (Inglaterra): Depois de uma crise de goleiros, a Inglaterra, por este começo de Euro, parece ter encontrado o nome certo para a sua meta: o também jogador do City Joe Hart. Defendeu uma cabeçada à queima-roupa e demonstrou firmeza quando acionado.


BOLA MURCHA

Welbeck (Inglaterra): Os ingleses terão que esperar mais um jogo pela volta de Rooney. Que, com Welbeck no comando de ataque, vai parecer uma eternidade!

Gerrard (Inglaterra): Fez, sim, boa partida. Mas, pela falta de estrelas ofensivas e da maneira que já atuou pela seleção, poderia ter sido mais participativo no ataque, auxiliando Oxlade, Milner e Young em contra-ataques com mais qualidade, residindo aí a crítica em relação ao ídolo do Liverpool na partida. 



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