quarta-feira, 13 de junho de 2012

Santos 0 x 1 Corinthians - Balanço

por Lucas Ribeiro

O dia de Tite. Assim deveria entrar na história a noite dessa quarta-feira, 13 de junho de 2012, no esperadíssimo embate entre Santos e Corinthians. O treinador corintiano foi o grande nome do jogo, que colocou a equipe com um pé e meio na sua possível primeira decisão de Libertadores. Com o time armado no já clássico 4-2-3-1 (Cássio; Alessandro, Chicão, Castán e Fábio Santos; Ralf e Paulinho; Jorge Henrique, Danilo e Alex; Émerson), o alvinegro paulistano demonstrou uma disposição tática impressionante.

Já o Peixe, apostando nas suas estrelas Neymar, Ganso e Arouca, entrou no seu também já clássicos 4-4-2 (Rafael; Henrique, Edu Dracena, Durval e Juan; Adriano, Arouca, Elano e Ganso; Neymar e Alan Kardec). Contudo, apesar de ter tentado fazer prevalecer o fator casa, e obviamente o favoritismo, o alvinegro santista esbarrou na bem armada retranca corintiana. O Corinthians, por sua vez, apesar de ter começado mais atrás em campo, igualou as ações por volta dos 10 minutos de jogo. 

O Santos, errando muitos passes, deu espaço para chegadas de trás contundentes do adversário, que, pouco a pouco, foi ganhando terreno. Aos 27, confirmando seu bom momento, os visitantes abriram o placar com Émerson, que, tirando do Rafael, guardou a redonda na rede. A partir daí, o Corinthians se fechou definitivamente, bem armado por Tite. O quarteto defensivo era aliado por mais duas linha de três jogadores (uma formada por JH, Paulinho e Ralf e outra por Alex, Danilo e Émerson), que se compactavam a partir do momento que o Peixe avançava. 

Segurado por uma boa marcação em zona, Neymar pouco ameaçou, assim como Ganso, que também não demonstrou efetividade. Para a segunda etapa, Muricy apostou em Borges no lugar de Elano, que havia perdido gol feito na primeira, colocando o time com dois centroavantes e ainda se baseando, para que a bola chegasse à dupla, na velocidade do camisa 11 e nos milimétricos passes do 10. Entretanto, cada vez mais entregue pelo resultado, o Timão fazia o tempo passar mais rápido para os anfitriões. 

Nem as provocações de Neymar, que acabou conseguindo uma (justa) expulsão de Émerson, nem a (estranha) queda de luz na Vila Belmiro, por sua vez, conseguiram impedir o triunfo paulistano.Paulinho, um verdadeiro leão, e Cássio, responsável por boas duas defesas, foram os destaques da magra porém convincente vitória corintiana. No Pacaembu, seu alçapão, o time tem todas as condições de colocar mais meio pé na decisão da Libertadores, e colocar o contestado, inclusive por mim, Tite no hall de vencedores da mais importante competição sul-americana. 

DESTAQUES DO JOGO

BOLA CHEIA:

Tite - Montou um time verdadeiramente dedicado. A disposição dos jogadores em toda e qualquer bola foi fundamental para que o Corinthians conseguisse o fundamental resultado dentro do campo do adversário. Nota 10. Impecável.

Paulinho - Correu o campo inteiro e, se o time precisasse, ainda estaria correndo. Taticamente fundamental e, ao contrário do que eu apostava, bateu com bastante distância o rival Arouca.

Cássio - Cada vez mais dono da meta corintiana. Fez duas defesas importantíssimas, justamente nos únicos dois lances que o entregue Santos chegou com mais qualidade. 

BOLA MURCHA:

Ganso - Não distribuiu o jogo como deveria. Encontrou Neymar e Alan Kardec bem marcados, mas nem por isso procurou participar mais do jogo.

Neymar - Totalmente abaixo das expectativas. Foi completamente anulado pelo setor defensivo corintiano. Só teve um bom momento: quando forçou a expulsão do autor do gol Émerson. 

Arouca - Sumido no jogo. Quando recebia a bola, voltava o jogo. Seria fundamental em um jogo como esse para fazer o elemento surpresa. 


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