quinta-feira, 14 de junho de 2012

Espanha 4 x 0 Irlanda - Balanço

por Lucas Ribeiro

Hoje, contra a frágil Irlanda, a Espanha fez definitivamente seu melhor jogo na Eurocopa. Depois do equilibrado confronto contra os italianos, os espanhóis, treinados por Vicente del Bosque, entraram, como de praxe, no seu 4-2-3-1, assim escalado:

Os irlandeses, que estrearam perdendo para os croatas, por 3 a 1, foram a campo contra um dos favoritos ao título. A única alteração promovida por Giovanni Trapattoni foi a entrada de Cox no lugar Doyle no ataque. A equipe, portanto, também no mesmo 4-4-2 do primeiro jogo, assim subiu ao gramado:

A Espanha rapidamente impôs seu estilo de jogo, de alta movimentação e troca de passes, e logo aos 4 minutos, com Torres, já abriu o placar. A defesa irlandesa, lenta e em linha, passou a ser facilmente envolvida pela Fúria, que tomou conta da partida. Xavi, Iniesta e Silva, sempre em velocidade, serviam com extrema competência El Niño, que, depois da uma mediana temporada pelo Chelsea, voltou a fazer uma convincente partida. 

Aos 4 do segundo tempo, Silva ampliou, com justiça, o marcador. Depois de cortar St. Ledger, o atacante do campeão inglês Manchester City, chutando no cantinho esquerdo, tirou as possibilidades de defesa do goleiro Given. No intervalo, porém, Trapattoni havia tirado Cox e apostou em Walters, visando à possibilidade de ganhar mais poder ofensivo. Contudo, o camisa 14 irlandês, fraquíssimo, não conseguiu dar efetividade ao ataque de sua seleção. 

Aos 25 saiu o terceiro tento espanhol: depois de um jogada à "espanhola", Torres, mais uma vez, de cara-a-cara com Given, deixou seu segundo na partida. Abaixo segue o vídeo:


É possível, ainda no lance, perceber como os defensores irlandeses davam totais condições ao veloz jogo da Espanha. Torres, infiltrando no meio, dava poucas condições aos marcadores. Vamos acompanhar:



Aos 38, Fàbregas, que havia entrado no decorrer do segundo tempo, depois de escanteio bem cobrado, ainda anotou o quarto tento, e fechou o caixão. Assim, depois de tanta expectativa com a qual chegou à Polônia, o catenaccio de Trapattoni se mostrou ineficaz, e a Irlanda dá adeus à Euro já em sua segunda partida. Os espanhóis, entretanto, seguem e prometem continuar a fazer bonito. Seus adversários são agora, respectivamente, Itália e Croácia, pela última rodada da fase de grupos. 

DESTAQUES DO JOGO

BOLA CHEIA

Torres (Espanha): Depois de um bom tempo, volta a fazer um jogo convincente. Se aproveitando da fragilidade defensiva do adversário dessa tarde, fez dois importantes gols. 

Xavi (Espanha): Impossível falar da qualidade de toque de bola espanhola sem falar do meia barcelonista. Além do mais, é dono de uma impressionante regularidade (raramente é possível vê-lo jogar mal)

BOLA MURCHA

Setor defensivo irlandês: Apesar do que prometia, já é a defesa mais vazada da competição (7 gols sofridos em duas partidas; média de 3,5 por jogo). 

Walters (Irlanda): Jogador extremamente fraco. O futebol irlandês deve estar apresentando impressionantes faltas de opção. 

Gostaria ainda de falar sobre Given e Keane. Apesar do azar do goleirão na estreia da Euro, tanto ele quanto o ex-centroavante do Tottenham sofrem é com a fragilidade da seleção. Hoje, por exemplo, ficando muito exposto por sua defesa o arqueiro levou quatro gols, enquanto Robbie, apesar das poucas opções, tentava constantemente buscar o jogo, tencionando dar alguma objetividade ao inoperante meio-campo irlandês. Em vão. 





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