quinta-feira, 7 de junho de 2012

Internacional 1 x 0 São Paulo - Balanço

por Lucas Ribeiro

Na terceira rodada do Brasileirão, em casa, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, o Internacional enfrentou o São Paulo. O Colorado, sob o comando de Dorival Júnior, assim veio a campo: 

Já o tricolor, treinado por Émerson Leão, sem Rhodolfo, machucado, Lucas, Bruno Uvini e Casemiro, na seleção brasileira, teve de experimentar, com João Filipe e Osvaldo, um esquema diferente. A entrada do ex-jogador do Ceará, que joga mais aberto que o camisa 7, forçou o técnico são-paulino a armar o time num 4-3-3, ao contrário do 4-2-3-1, no qual o time está mais habituado a atuar. 

O começo da partida prometeu um embate ofensivo. Graças à velocidade dos ponteiros paulistas e do técnico meio-campo gaúcho, ela se iniciou com os dois times ameaçando bastante. Se Fernandinho, o famoso "se corro, não penso, se penso, não corro", finalizou suas jogadas ou para as mãos do goleiro Muriel ou para o lado de fora do campo, o Inter, com Dagoberto e, principalmente, D'Alessandro, demonstrava bastante concretude e lucidez nas suas ações de ataque. Destaquei, com isso, apesar de realizados na segunda etapa, dois lances que demonstram a forte presença do argentino na meia-cancha colorada, e que quase resultaram em gols.

D'Ale, entretanto, brilharia aos 20 minutos, quando, depois de falta de Cortez sofrida por Ney, com sua perna esquerda, colocou a bola no canto canhoto do gol de Dênis, tirando todas as possibilidades de defesa do arqueiro. Festa no Beira-Rio. 1 a 0 Inter. O São Paulo, por sua vez, continuou insistindo; a dura marcação colorada, contudo, continuava reduzindo ainda mais os poucos espaços de Fabuloso, forçando o time a atacar pelas pontas, o que, no primeiro tempo, não resultou em mais tentos. 

Para a segunda parte do jogo, Leão voltaria com Maicon, no lugar de Fernandinho, e William José, no lugar de Jádson. Assim, o treinador são-paulino deixou claro que, com dois centroavantes e dois laterais ofensivos, a ordem seria o "chuveirinho". Contudo, o Inter, cada vez mais bem postado, atacava com sabedoria, tendo todas as suas ações ofensivas passadas pelos pés de D'Alessandro, e auxiliado ainda mais pelas inteligentes alterações de Dorival Júnior, que, buscando velocidade para contra-golpear o São Paulo, colocou os velocíssimos Jajá e Marcos Aurélio.

A boa partida gaúcha contrastava com a cada vez mais perdida paulista. O problema são-paulino, de esfriar durante uma partida adversa, é algo já crônico, que deve ser trabalhado ao máximo pelo treinador. Destaquei, desta vez, apenas a boa presença ofensiva de Cortez, que suprime, pelo lado esquerdo, a inoperância de Fernandinho.



Assim, depois da última alteração de Leão, que trocou Douglas pelo fraquíssimo Piris, o Internacional só esperou o tempo passar para decretar a segunda derrota em três jogos dos paulistas neste Campeonato Brasileiro. Os gaúchos, contudo, invictos, ganham o segundo jogo em três disputados, estando na vice-liderança da competição, que assiste ao Vasco, com 100% de aproveitamento, no topo. Domingo que vem, o Colorado encara o Fluminense no Rio de Janeiro e o São Paulo, o Santos, no Morumbi.

DESTAQUES DO JOGO

BOLA CHEIA:

D'Alessandro: o argentino fez a bola que o Inter jogava rolar. Além, é claro, de ter sido o responsável por um golaço, que definiu a vitória gaúcha.

Dorival Júnior: inteligente nas mudanças. Para mim, um dos melhores treinadores deste país.

BOLA MURCHA:

Jádson: nem assistindo de camarote à atuação de gala de D'Ale Jádson consegue ir bem. Apesar das declarações de Leão, de que finalmente estaria readaptado ao futebol brasileiro, o camisa 10 são-paulino é capaz de fazer apenas uma boa partida no meio de outras 15 ruins.

Fernandinho: depois de dois anos de São Paulo, é possível afirmar: nunca vai evoluir. Muita velocidade e pouca cabeça.



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