quarta-feira, 6 de junho de 2012

Galo e Gaúcho - Casamento feliz?

por Lucas Ribeiro

Logo depois do imbróglio que o tirou do Flamengo, Ronaldinho Gaúcho já tem novo clube: o Atlético Mineiro, que nesta segunda já via o novo reforço, um dia depois da entrevista dada ao programa Fantástico, da Rede Globo, na qual apontou algumas razões para sua saída do Rio de Janeiro, treinar com os novos companheiros. Recusado em algumas pesquisas por várias torcidas brasileiras, será que sua má passagem pelo rubro-negro o colocou definitivamente no "inferno" do futebol? Em Minas, afinal, o ex-camisa 10 do Barcelona, e melhor do mundo em 2004 e 2005, vai se dar bem?

Neste momento, o Atlético parecia o time menos indicado para o meia. Não que o Palmeiras, um dos possíveis destinos, fosse um ambiente muito melhor, mas o Galo, ao contrário do alviverde, vem, nos últimos anos, investindo em contratações de peso: se Mancini, André, Daniel Carvalho, Diego Tardelli e os estrangeiros Méndez, Carini e Rentería não conseguiram finalmente colocar um título de expressão nas galerias do clube, nem Ronaldinho vai conseguir (por mais disposto que esteja). 

Se bons reforços são trazidos, qual, então, seria o problema do mais popular clube de futebol mineiro? Em grande parte, um presidente falastrão, Alexandre Kalil, que dispara contra tudo e todos, até no seu twitter, e um técnico que se traduz na maior promessa que não vingou no Brasil, Cuca. Enquanto um se preocupa mais em falar bobagens e abobrinhas, o outro não é treinador para levantar nada além de campeonatos mineiros, campeonato este que tem sua disputa reduzida a no máximo três equipes (Cruzeiro, o próprio Atlético e, bissextamente, o América). 

Se nem Luxemburgo, que mesmo desinteressado é melhor que o atual comandante atleticano, nem Dorival Júnior conseguiram levar o clube responsável por revelar Toninho Cerezo a uma Libertadores, a torcida pode ter certeza que, para uma conquista de nível nacional, o tabu de 1971 continuará em crescimento. O Gaúcho pode até chegar e, de início, fazer sucesso com os fanáticos, mas, aos poucos, com uma diretoria tagarela e um técnico que não empolga, uma crise se instalará e pedirá a cabeça de Ronaldinho. Além do mais, mesmo que BH não tenha praia, a noite mineira, uma desconhecida do craque, começará a dar o ar de sua graça. Duvidam? Então comprem a pipoca e assistam até o final...

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